Crimes virtuais no Brasil


Porgustavobachtold- Postado em 30 maio 2012

 

Gasto com crimes virtuais no Brasil em 2010 foi de US$ 15 bilhões, diz Symantec

 

Symantec apresentou ontem em São Paulo mais um dos relatórios de segurança que contabilizam os números do crimes virtuais no mundo, mostrando dados especificamente sobre o Brasil. Assim como no ano passado, os números são assustadores e indicam que ainda há muita gente caindo nos contos de vigário online. De fato, segundo dados da empresa, 8 de cada 10 brasileiros conectados à internet já foram vítimas de algum crime desse tipo, o que é consideravelmente preocupante.

Maiores ameaças. O relatório indica que com os bandidos acompanham a evolução da internet e passam a atacar pessoas onde elas estão mais concentradas. No último ano os três tipos de crimes que mais fizeram vítimas no mundo foram ataques por infecção de vírus, golpes online e tentativas de phishing. Aqui no Brasil, no entanto, no segundo lugar estão a invasão de perfis em redes sociais, enquanto que o primeiro e segundo lugar se mantém.

Prejuízo financeiro. Pela primeira vez a Symantec levou em conta na sua pesquisa os prejuízos que os crimes causam à economia. Globalmente, dos 24 países em que a empresa fez o relatório, US$ 114 bilhões foram retirados diretamente das vítimas de algum tipo de crime na web ou foram gastos por causa deles. A parcela no brasil é de US$ 15,3 bilhões. Já a conta total dos prejuízos dão conta que ao menos US$ 388 bilhões foram pedidos em 2010 por causa dos crimes virtuais, 100 bilhões a mais do que o valor que circula no mercado negro de maconha, cocaína e heroína juntos.

 

Maior número de vítimas é homem. Outro dado interessante do relatório diz que os homens acabam sendo vítimas de crimes online com maior frequência do que as mulheres. Em 2010 a pesquisa indicou que 72% dos homens foram vítimas de crimes virtuais, ao passo que65% das mulheres pesquisadas sofreram desse tipo de golpe. Eles também gastam 4 vezes mais tempo assistindo vídeos adultos do que elas e “namoram online” duas vezes mais também.

Conscientizarão ainda é pouca. Adam Palmer, Líder de Cybersegurança na Norton, diz que “há uma grave desconexão na forma pela qual as pessoas encaram crimes virtuais”. Segundo a pesquisa, o número de adultos que sofreram crimes virtuais foi três vezes maior do que o número de pessoas que foram vítimas de crimes no mundo real. Ainda assim, menos de um terço deles se consideram mais propensos a serem vítimas de algum golpe online e, por isso, são poucos os que se protegem com pacotes de segurança ou trocando suas senhas regularmente.

Falta ação por parte das vítimas. Segundo o relatório, apenas 21% das vítimas reportaram os crime para a polícia. “Computadores não cometem crimes, pessoas comentem”, disse Palmer durante a divulgação do relatório. O consultor trabalha junto de agências governamentais americanas para encontrar e prender os responsáveis pelos crimes virtuais e por isso vê de perto como a falta de denúncias afeta investigações. Ele também enfatizou a necessidade de cooperação entre países ao dizer que “criminosos virtuais não conhecem barreiras, eles ultrapassam fronteiras e por isso as agências responsáveis devem fazer”.

link: http://tecnoblog.net/77490/symatec-crimes-virtuais-2011/

análise crítica:

               A notícia demonstra claramente o estrago que os crimes virtuais provocam em grande parte dos usuários das tecnologias de informação. Existem diversos tipos de ataques que envolvem maior perspicáciado agente, no entanto, percebe-se que grande parte dos ataques poderiam ser evitados caso o público tivesse mais informação e preparação. A inércia das vítimas também é um grande problema, já é difícil localizer o agente criminoso, sem a denunciação das vítimas esse trabalho fica ainda mais complicado.

 

                Deve-se, portanto, investir em capacitação dos usuários, inverstir principalmente em prevenção para assim evitar o gasto no tratamento das consequencias. Medidas simples como a troca de senhas regurlamente, instalação de softwares anti-vírus já podem contribuir para a diminuição dos números de vítimas desses crimes da informática. O completo fim desses ilícitos é mera utopia, tal como fim de qualquer outro tipo de crime em sociedade, mas deve-se sim procurar os meios para evitar e prevenir que os usuários das tecnologias sejam prejudicados e se tornem mais um número dentro das estatísticas de vítimas.