A concepção de ética e a sedução da razão na formação da elite letrada luso-brasileira


PoreGov- Postado em 03 março 2011

Autores: 
GAUER, Ruth

Texto retirado da Internet, no endereço http://www.eeh2008.anpuh-rs.org.br/resources/content/anais/1212364021_AR..., em 03/07/2009

Luis António Verney assim se referia à ética: ?Entendo por ética aquela parte da
Filosofia que mostra aos Homens a verdadeira felicidade, e regula as acções para o
conseguir?. O autor pensava a política como autônoma, independente da teologia tanto que
a sua definição sobre ética foi completada com a afirmativa de que a ?ética na coleção dos
preceitos que a luz de uma boa razão mostra ser necessário ao Homem para fazer coizas
honestas e também úteis à sociedade civil, pertence legitimamente ao Filósofo?. Na linha
do pensamento de Verney o ensino de Filosofia Racional e Moral foi implantado com
destaque nas Reformas dos Cursos da Universidade de Coimbra após 1772. Ao lado dessa
formação, o ecletismo, com influências da Filosofia do Direito a qual aproveitou o que se
considerava ?o melhor de cada escola?, cujos autores de maior destaque eram: Grotius,
Puffendorf, Wollf, Heinécio, Martini, Muratori, representantes das matrizes teóricas
germânica e italiana simultaneamente. O iluminismo católico italiano passou a fazer parte
do pensamento dos reformistas segundo os Estatutos pombalinos. Os Egressos de Coimbra
nascidos no Brasil demonstram essas base de formação em suas ações como deputados
constituintes em 1823.

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