A competência ideal – administração e política


PorRafael_Arns- Postado em 07 novembro 2011

 

A competência ideal – administração e política

 

No livro Teoria Geral de Administração Pública (Denhart, 2008) o autor apresenta correntes de pensamento que hora analisam a administração pública separando política e administração, hora procurando os efeitos decorrentes do encontro de ambas. Apesar das análises apresentadas, com interpretações distintas sobre o cotidiano dos organismos públicos (observar a análise de Maturana e Varela sobre organismos) é apontado que a atuação dos administradores públicos ultrapassa a competência prevista, enquanto agentes com ações especificadas por alguma legislação. O texto apresenta a análise – mesmo que sucinta – sobre a influência dos administradores no universo político enquanto assessores de parlamentares, consultores e proponentes de leis. Avançando, o autor apresenta também o entendimento proposto por outros pensadores sobre a competência do administrador público, e resgata a frase de White para enquadrar o enfoque pretendido: “A administração talvez seja o poder melhor equipado do governo para genuinamente produzir políticas, por estar isenta da propensão irresistível de favorecimento a determinados grupos de pressão”.

Todavia, resgatando novamente Maturana e Varela resta questionar, é possível isolar um indivíduo ou grupo das infindáveis redes de influência que o cercam de maneira que possa ser isento de alguma propensão? Aqui é necessário observar que se faz uma aproximação entre o conceito de propensão e o de influência, e isto, a partir da compreensão de que toda influência seria um estímulo, tanto do ambiente, quanto do próprio organismo.  

DENHART, R.B.. Teoria Geral de Administração Pública.Thomson/Wadsworth, 2008.

MATURANA R., Humberto; VARELA G., Francisco. A árvore do conhecimento: as bases biológicas do entendimento humano. Campinas, SP. Editorial Psy II, 1995.