COLONIALIDADE O lado mais escuro da modernidade
RESUMO
Fiquei intrigado, alguns anos atrás (por volta de 1991), quando vi na estante de “novidades” em uma livraria de Ann Arbor (Estados Unidos) o título do livro mais recente de Stephen Toulmin: Cosmopolis: the hidden agenda of modernity (1990). Fui tomar um café no outro lado da rua e devorei o livro junto com o café. O que seria a pauta oculta da modernidade? – era a questão intrigante. Logo depois estive em Bogotá e achei outro livro recém-publicado: Los conquistados: 1492 y la población indígena de las Américas, editado por Heraclio Bonilla (1992). O último capítulo desse livro chamou a minha atenção. Era de Anibal Quijano, de quem eu já tinha ouvido falar, mas que não me era familiar. O ensaio, também posteriormente pu
blicado no Cultural Studies, intitulou-se “Coloniality and modernity/rationality” (Quijano, 2007). Peguei o livro, fui tomar outro café e devorei o ensaio, cuja leitura foi uma espécie de epifania. Na época, eu estava terminando meu livro The darker side of the Renaissance (1995), mas não incorporei nele o ensaio de Quijano. Havia muito a se pensar, e meu manuscrito já estava amarrado. Assim que o entreguei à editora, me concentrei na “colonialidade”, que se tornou um conceito central em Local histories/global designs: coloniality, subaltern knowledge and border thinking (2000) (Histórias locais/projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar [Mignolo, 2003]). Para Toulmin, a pauta oculta da modernidade era o rio humanístico correndo por trás da razão instrumental. Para mim, a pauta oculta (e o lado mais escuro) da modernidade era a colonialidade. O que segue é uma recapitulação do trabalho que tenho feito desde então, em colaboração com membros do coletivo modernidade/colonialidade.
PALAVRAS-CHAVES: MODERNIDADE, DIREITO, ERROS
Anexo | Tamanho |
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