Análise crítica do documentário "A última hora"


Pormfs- Postado em 15 junho 2012

A última hora - Análise

Quem nunca estudou, conversou ou ao menos escutou sobre aquecimento global? Sim, você já escutou muitas vezes e a questão é: o que você FEZ sobre isso?

Assistimos, acompanhamos dia-a-dia reuniões sobre meio ambiente, Rio, Kyoto, Copenhague, Cancun, Durban... tolamente. Por detrás estão bilionárias empresas poluidoras patrocinando cientistas, montando e comprando equipes de pesquisadores, como a “Koch Industries”. Apenas uma coincidência que essas equipes patrocinadas defendam que não há aquecimento global, nem influência antrópica nos ecossistemas. Porém, quem da vida a essas grandes empresas poluidoras? Sim, sou eu, você, nossos pais, irmãos, preponderantemente o nosso círculo e posição social que consome exageradamente e alimenta a “dinâmica” da poluição.

Somos os principais atores do que está acontecendo. Consumimos demasiadamente, movemos o mercado, poluímos direta e indiretamente, etc, etc, etc, aquilo tudo que nós já estudamos diversas vezes, mas o que fizemos realmente para mudar esse rumo? Trocamos o carro a cada cinco anos, o notebook a cada dois anos, o celular a cada um ano, temos mais de cinco calças, tênis, sapatos, etc. Há realmente necessidade? O problema não está em consumir, em ter o produto, mas ter que substituir o produto cada vez a uma velocidade maior.

Com isso, financiamos indiretamente cientistas que defendem que nada está acontecendo para continuarmos consumindo. Na década de 50,  Victor Lebow, norte-americano, propôs essa cultura do consumismo vigente - trabalhar para gastar e alimentar nosso ego- ao governo que impôs sim a nós, porém NÓS MANTEMOS. Mudaremos a passos lentos com grandes empresas oligopolistas, ou até mesmo monopolistas, sem interesse em mudanças (novas tecnologias), em virtude do grande ganho atual. São inovações importantíssimas sem devido espaço, sendo esmagadas pelas tradicionais gigantes. Ou seja, de pouco adianta levantar a bandeira verde, reciclar, fechar a torneira, economizar água, se continuamos consumindo MUITO além do necessário, consequentemente, dando recursos às empresas tradicionais para manipular, usar de lobby, etc, para a manutenção de seus interesses e atual conjuntura.

Portanto, a conscientização de que somos atores e temos o poder de MUDAR, REALIZAR, visto que nós é que damos vida a esse atual sistema insustentável, é fundamental. Como Lebow, precisamos criar um novo conceito cultural. Necessitamos de uma visão holística do atual sistema, para reformularmos o conceito de satisfação do ego. Uma mudança de consumir para ser feliz, para, preservar o que se tem para ser feliz, é o alicerce da nova reformulação necessária.