A Última Hora


PorGuilherme Crepa...- Postado em 04 outubro 2012

Escolhi o filme “A Última Hora” para elaborar este texto. Basicamente, o documentário mostra, por meio de dados (sem fontes) e depoimentos (emocionados) de alguns cientistas norte-americanos, a relação destrutiva do Homem com a natureza.

É inequívoco que os impactos provocados pelo modelo de produção capitalista são expressivos no meio ambiente, e que podem no futuro trazer consequências maléficas e irreversíveis tanto à espécie humana quanto às demais formas de vida no planeta. Contudo, causa-me certa desconfiança o tom fatalista (quase apocalíptico) do discurso veiculado no filme.

Como eu disse anteriormente, não nego os malefícios da produção em massa, e do consumismo desenfreado. Todavia, não acredito que a humanidade esteja à beira da extinção, ou, tampouco, de um apocalipse protagonizado por eventos naturais que acabariam com toda a forma de vida na Terra.

Deixando de lado o tom fatalista, acredito que a consciência de que precisamos preservar, ou melhor, promover um meio ambiente sustentável, está cada vez mais presente em nosso cotidiano.

É claro que precisamos ir além, não nos restringindo a uma simples consciência ecologicamente correta. Faz-se necessária, também, a ação. Entretanto, só o fato das pessoas começarem a discutir sobre a relação Homem-natureza, já é um passo muito expressivo rumo à mudança na forma com a qual a humanidade se relaciona com o planeta.

Para concluir, vale ressaltar que o documentário foi feliz ao promover uma reflexão acerca do papel dos Estados como agentes político-econômicos capazes de fazer frente ao Mercado Internacional, e, assim, proporcionar o início (ainda que tímido) de uma mudança nos alicerces do modo de produção capitalista, que são fundados nos dois principais fantasmas dos ecossistemas globais: produção em massa; e consumo exacerbado.

 

Autor: Guilherme Crepaldi Formanski