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MORADORES IDOSOS SÃO AS MAIORES VÍTIMAS DOS ASSALTOS PRATICADOS POR MENORES INFRATORES
Andre Lupe
Quando o assunto violência urbana vem à tona, a primeira reclamação dos moradores mais idosos de nossa área tem sido o problema dos menores infratores. Por razões óbvias elegeram eles os cidadãos da terceira idade como alvos preferenciais de seus ataques.

Preocupado com a integridade física dos inúmeros leitores desta faixa etária, pois sempre nos prestigiaram com seu grande apoio, resolvemos perguntar às vítimas - que nos procuraram para reclamar destes assaltos - quais seriam os melhores formas, na medida do possível, de se evitar cometer erros capazes de tornarem os idosos mais expostos à ação destes menores, uma vez que a cada dia se multiplicam em progressão geométrica pelas ruas de nossos bairros. Para desanuviar o clima tenso, que obrigatoriamente surge quando falamos de assunto tão preocupante, vamos apresentar as sugestões destes leitores na forma do jogo dos sete erros. Portanto, antes de sair de casa procure evitar cometer algum dos sete erros que iremos destacar. A observância destas regras podem evitar, no mínimo, grandes aborrecimentos.

1º erro - Caminhar sozinho usando roupas de boa qualidade. Se não for extremamente necessário é melhor deixar para se vestir bem somente quando estiver acompanhado por pelo menos mais duas pessoas. Em outras ocasiões, use as roupas mais simples de seu guarda-roupa, que chamam bem menos a atenção e fazem crer que você não tem muito dinheiro no bolso.

2º erro - Evite andar com bolsa a tiracolo ou com a carteia de dinheiro no bolso traseiro da calça. Isso facilita a ação dos menores, que atuam em dupla. O primeiro empurra a vítima que, pega de surpresa, perde o reflexo de resguardar a bolsa/carteira sendo então arrancada abruptamente pelo segundo assaltante. Até ter tempo de recompor-se, eles já estão bem longe com seus documentos e dinheiro.

3º erro - Se você tiver um carro, equipe-o com um aparelho de ar-condicionado. Assim, poderá manter os vidros fechados 100% do tempo. São inúmeros os casos de motoristas, mormente os de idade mais avançada, que são abordados nos sinais - principalmente nas ruas Almirante Tamandaré e Conde de Baependi - por pivetes portando cacos de vidros, ameaçando cortá-los, caso não entregarem seus pertences.

4º erro - Caminhar sozinho em horários quando há pouco movimento ou em ruas desertas é prática de alto risco. Nestas circunstâncias, os menores se sentem livres para atacar, pois nos momentos de grande afluência de pedestres não é incomum que algum transeunte, ao perceber que um idoso está sendo assaltado, reaja e ponha os assaltantes para correr.

5º erro - Andar desatento é outra maneira de correr perigo. Preste atenção nas pessoas que se movimentam perto de você. Menores com latas de refrigerante nas mãos são um sinal de perigo eminente. Estas latas, quase sempre, contêm cola de sapateiro, substância usada para se drogarem. Quando sob efeito de cola ou maconha, tornam-se mais agressivos.

6º erro - Sacar dinheiro no caixa eletrônico de seu Banco e não verificar se está sendo seguido. É muito grande o número de idosos assaltados nesta situação, não só por menores como também por adultos.

7º erro - Usar relógios caros ou jóias de ouro. Estes objetos têm grande liquidez no mercado negro. Os atravessadores - os maiores exploradores dos menores de rua - que compram as mercadorias roubadas estão sempre dispostos a pagar um pouco mais por um bom relógio ou um cordão de ouro, pois eles significam dinheiro.


JUIZADO TENTARÁ LOCALIZAR OS PAIS DOS MENORES DE RUA

O Juiz da 1ª Vara da Infância e Juventude, Dr. Siro Darlan, apresentou, no mês passado, o resultado do cadastramento de meninos de rua que perambulam pela cidade. É o primeiro passo para tentar reduzir esta enorme chaga social que aflige toda a sociedade carioca. Durante três meses, equipes do juizado de menores percorreram a cidade, conseguindo entrevistar 932 menores. Todos foram fotografados e registrados, ganhado um documento de identidade que servirá de instrumento para que o poder público tente retirá-las da rua. 62% deles declararam ter pai e mãe, 27,4 só mãe e 1,3 só pai, mas preferem, no entanto, viver nas ruas, longe deles, devido aos maus tratos a que estavam constantemente submetidos ou em decorrência da miséria no lar. 52% ganharam certidões de nascimento e alguns foram encaminhados para tratamento contra drogas. O juizado tentará localizar os familiares destas crianças para conscientizá-los de seus deveres para com seus filhos. Os que estiverem explorando os menores - como, por exemplo, exigindo dinheiro para que estes possam permanecer em casa - sofrerão sanções civis. Além disso, o Juizado irá solicitar, junto ao governo federal e às empresas privadas, recursos para os pais destas criança que - por estarem mergulhados em extrema pobreza -, não têm condições materiais de sustentar seus filhos.