Tapscott,
Don. Economia Digital: promessa e perigo na era da
inteligência em rede.
Resumido
por Alex Cristiano Hammes:
Capítulo 1
Introdução: a era da inteligência em rede
Tempo
de transformação
A reengenharia
surgiu com a intenção de reduzir custos básicos
das empresas, para aumentar sua competitividade. Cerca de 2/3
dos projetos de reengenharia fracassaram, e apenas 16% das
empresas se declararam satisfeitas com os resultados. Um dos
principais motivos para o fracasso dos projetos foi a
resistência à mudança, indicado por 60% dos
entrevistados.
É
preciso mais do que a reengenharia, é preciso
transformação com a tecnologia da informação,
serviço ao cliente, inovação e capacidade
de respostas rápidas ao mercado.
A
reengenharia não é suficiente, mas é
necessária.
Nova
(des)ordem mundial
O
mundo não é mais bipolar, é multipolar, com
vários grupos e países interagindo uns com os
outros.
A
ordem mundial hoje, é na verdade, uma desordem mundial.
Nova
economia
A
economia é multipolar também, e a informação
é digital, o que traz múltiplas possibilidades.
Hoje
a era é da economia do conhecimento
Valor
agregado pelo cérebro
60%
dos trabalhadores americanos já são trabalhadores
do conhecimento
8
de cada 10 novos cargos são em setores da economia em
que as informações são intensivas.
Chegou
a era onde a inteligência humana pode ser interligada em
rede.
Nova
empresa
Atualmente
a inovação conta mais do que acesso a recursos,
instalações e capital;
As
empresas devem funcionar como uma rede de equipes distribuídas
que atuam como clientes e servidoras umas das outras.
Super
rodovia da informação
As
redes são o alicerce da economia digital, e a internet se
confunde com o próprio conceito de super rodovia da
informação
Aplicação
fatal hoje, discussão sem sentido.
Aplicação
fatal?
Aplicação
fatal seria aquela que daria o impulso para a internet. Não
faz sentido buscá-la.
Convergência
do PC, TV e telefone para um equipamento de informação
inteligente, interativo e multimídia.
Nova
economia não é certo chamar de economia de
serviços, pois a área industrial e agrícola
continuará a existir
A
super-rodovia permitirá a conexão em rede da
inteligência humana, que pode levar à verdadeira
democracia redes de pessoas e de governos.
Tecnologia
para uma criança
Lado
negro da era da inteligência em rede
Durante
a transição entre as eras, alguns problemas devem
ser previstos / trabalhados:
Nível
de especialização / estudo necessário para
re-emprego
Dificuldade
de salvaguardar a privacidade numa economia digital
Desigualdade
social, bipolaridade, os que têm e os que não tem
acesso à informação
Como
a tecnologia vai alterar a composição social?
A
tecnologia vai nos prender ao trabalho ou nos libertar?
Qual
o impacto da nova mídia sobre a família?
Como
lidar com imoralidade e pornografia na internet?
Mudanças
profundas no trabalho, sindicalismo, escolas, etc.
Parte I Lutando em uma
nova economia
Capítulo 2: 12 temas da
nova economia
Capítulo
3: A
empresa em rede
O
autor apresenta um modelo de criação de riqueza: a
empresa em rede. Para chegar a ela, existem quatro etapas
anteriores, necesárias:
o
indivíduo eficiente na opinião do autor, o
uso da computação multimídia possibilitará
um aprendizado constante, aumentando a eficácia pessoal.
a
equipe de alto desempenho é a multimídia
também, segundo Tapscott, que possibilita a interação
entre equipes de trabalho, com ferramentas de computação
em grupos de trabalho.
a
organização integrada para se chegar a isto,
a chave deve ser a infoestrutura, ou seja, estrutura das
informações. Esta estrutura deve refletir as
mudanças já ocorridas, e possibilitar novas
mudanças, ao invés de engessar o modo de agir da
empresa.
a
empresa ampliada depende da computação
inter-empresa, como ligar os sistemas computacionais das empresas
com o de seus fornecedores, o que possibilita acessibilidade dos
parceiros, novas interdependências, metabolismo
interorganizacional, competitividade cooperativa, criação
de valor entre organizações.
Finalmente,
a empresa interligada em rede, capaz de criar riqueza de uma
maneira impossível de se conceber há algum tempo.
Segundo o autor, seriam capazes de sustentar o desenvolvimento
social e melhorar a qualidade de vida.
Capítulo
4: A
nova tecnologia: digamos que você queira uma revolução
Segundo
o autor ,a nova tecnologia, necessária para dar suporte às
mudanças trazidas no livro, necessita de dez
transformações, elencadas a seguir:
de
analógica para digital com as informações
digitalizadas, torna-se mais fácil alterá-las e
tranferí-las.
do
semicondutor para o microprocessador com um poder de
processamento muito maior que o dos semicondutores, os
microprocessadores possibilitam a aplicação de
novas tecnologias.
do
processamento centralizado para a computação
cliente/servidor, permitindo maior poder aos sistemas, assim como
uma maior modularidade, facilitando os processos de transição
e mudanças.
da
trilha para a super-rodovia da informação a
velocidade na transferência de informações
será crucial para viabilizar os modelos propostos pelo
autor.
do
terminal burro para o equipamento de informação
deverá haver uma mudança nos equipamentos de
acesso à informação, deixando-os mais
interativos. O que já ocorreu com o terminal burro x PCs,
deverá ocorrer com a TV e o telefone.
dos
dados, textos, voz e imagem separados para a multimídia:
possibilitar uma comunicação completa entre os
seres humanos, através de informações
digitalizadas.
dos
sistemas proprietários para os sistemas abertos
eles serão necessários para uma maior
flexibilidade, e para interligar empresas (com seus clientes,
fornecedores, ou outras empresas).
das
redes não-inteligentes para as redes inteligentes o
uso de agentes facilitará o trabalho de
encontrar alguma informação na rede.
da
computação artesanal para a computação
por objeto: só assim os programas poderão sofrer
alterações com a velocidade necessária.
de
GUIs para MUIs, toupeiras, MUDs, MOOs e VR os ambientes
existentes para utilização dos sistemas
computacionais devem refletir as novas tecnologias e
necessidades.
Parte II
Redes Interligadas
Capítulo
5:
Operação da empresa interligada em
rede
Neste
capítulo, o autor apresenta exemplos de empresas que se
enquadram no seu conceito de empresa interligada em rede, em
várias áreas, como saúde, entregas, seguro e
outros.
Capítulo
6:
Governo interligado em rede
è
capítulo não resumido
Capítulo
7: Com
a rede você viaja
Neste
capítulo o autor descreve as implicações
trazidas pela nova tecnologia (e economia) para os setores de
turismo e viagens. Sinteticamente, a idéia é que
viagens para reuniões de grupos de trabalho, por exemplo,
sejam substituídas por sistemas computacionais de trabalho
em grupo. Muitos lugares (países, paisagens, cidades)
poderão ser conhecidos previamente através da
Internet, aumentando (ou não) o desejo de conhecê-los
pessoalmente.
Capítulo
8:
Aprendendo na economia digital
cada
vez mais, trabalho e aprendizado estão sendo considerados
a mesma coisa.
o
aprendizado está se tornando um desafio para toda uma
vida.
o
aprendizado está saindo das escolas e universidades
formais: cada vez mais, está sendo responsabilidade das
empresas.
algumas
instituições educacionais estão trabalhando
com afinco para reinventar a si próprias para fins de
relevância, mas o progresso é lento.
a
consciência organizacional é necessária para
criar organizações de aprendizado. A interligação
em rede possibilitará o aprendizado organizacional,
necessário para a competitividade da empresa.
a
nova mídia tem condições de transformar a
educação e criar uma infoestrutura de
trabalho-aprendizado para a economia digital.
O
autor trabalha então no restante do capítulo com
exemplos de aprendizagem, desde escolas a empresas que aplicam a
tecnologia à este fim.
Parte III
Liderança para Transformação
Capítulo
9: A
nova indústria da mídia
è
capítulo não resumido
Capítulo
10:
Liderança na empresa interligada em rede
As empresas precisam
de uma liderança que as transforme, levando-as à
economia digital. Segundo o autor, o problema é que os
líderes do tempo antigo em geral são os últimos
a abraçar o novo. Ele apresenta então seis
temas da liderança interligada em rede.
encontrar a
liderança interligada em rede é a sua oportunidade
e responsabilidade pessoal.
a liderança
na nova economia é a liderança para o aprendizado.
a liderança
interligada em rede é liderança coletiva.
a liderança
interligada em rede pode ser digital.
a liderança
interligada em rede fica incompleta sem o alto executivo.
o uso pessoal
da tecnologia cria líderes.
Parte
IV
Liderança na fronteira digital
Capítulo
11:
Privacidade na economia digital
è
capítulo não resumido
Capítulo
12: As
novas responsabilidades das empresas
Neste
capítulo, o autor questiona a responsabilidade das empresas
na economia e na sociedade. A concentração de
riqueza separou uma parte da sociedade (a mais rica) que não
se preocupa mais com os rumos do Estado, pois paga por serviços
particulares, como saúde, segurança e educação
(segundo Christopher Lasch).
Emprego
e Trabalho há uma previsão de oferta de
emprego para profissionais da área de tecnologia, com
salários altos. O problema foca-se em como aproveitar
todos aqueles que estão perdendo seu emprego devido às
inovações tecnológicas. Este ajuste
estrutural (segundo o autor) depende da qualificação
da força de trabalho.
Acesso
e Igualdade mesmo nos Estados Unidos, com seus altos
índices de presença de rádio, TV e telefone
nos lares, percebem-se distorções relacionadas à
cor e raça nos graus deste acesso. A dúvida é
se o acesso à informação será também
assim distribuído, ajudando a se criar uma divisão
entre os que tem e os que não tem informação,
inviabilizando a idéia de igualdade.
Qualidade
de Vida.
A
mudança para o trabalho do conhecimento aumenta o
potencial de satisfação no trabalho: deve-se
principalmente ao fato dos trabalhos baseados no conhecimento
serem potencialmente mais produtivos que os outros.
O
conceito de emprego para toda a vida está em
declínio: em grande parte pela busca das empresas em ter
uma força de trabalho contingente e flexível.
As opiniões sobre este aspecto em relação à
questão da qualidade de vida são controversas e
inconclusivas.
O
conceito de carreira está em declínio.
Há
questões importantíssimas de remuneração,
renda e da distribuição social dos benefícios
da nova economia, que só agora estamos começando a
analisar: por exemplo, a questão dos meios de produção
estarem concentrados não mais nos equipamentos, mas sim no
cérebro dos trabalhadores, e mesmo assim a participação
dos mesmos nas riquezas por eles produzidas serem cada vez menor.
Nada
inerente à tecnologia resultará necessariamente em
melhoria da qualidade de vida no trabalho: como são as
pessoas, e não a tecnologia, que gerenciam as maneiras de
se trabalhar, já o risco de, ao invés de uma
melhoria na qualidade de vida no trabalho, a pessoa venha a
sofrer com estresse relacionado ao excesso de trabalho.
Democracia
eletrônica e o novo cidadão: muito mais do que as
possibilidades que a Internet proporciona, uma democracia mais
pura só será conseguida quando os cidadãos
conseguirem se livrar dos anos de alienamento numa sociedade
de massa e terem mais controle sobre as escolhas por eles
feitas.
Super
Rodovia da Informação, Macroeconomia e o
Estado-Nação: O papel do Estado-Nação
vem alterando-se constantemente, e com a tendência de
perderem muitas de suas antigas prerrogativas.
Cinco
visões sobre a transformação da sociedade
no
final tudo vai dar certo.
a
transformação da sociedade é
responsabilidade do setor social.
a
transformação da sociedade é
responsabilidade do governo.
consumidores,
usuários e outros devem / irão exigir que a
tecnologia atenda às necessidades sociais e do ser humano.
as
empresas têm a nova responsabilidade de liderar a
transformação.
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