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9 Comercio Eletrônico & EDI
O intercâmbio eletrônico de dados (EDI – Electronic Data Interchange) entre empresas agiliza o processo de troca de informações e reduz os custos das operações da cadeia produtiva. A troca de dados é feita através de formatos de mensagens padronizadas pelas comunidades de negócios. Para apoio a globalização permitindo que toda e qualquer empresa possa trocar informações de negócios, as Nações Unidas (ONU) desenvolveu um formato de mensagem comum para ser utilizado por todas as comunidades de negócios – o EDIFACT. A estrutura tecnológica para a troca de mensagens exige a padronização dos formatos e o uso de protocolos de comunicação de dados. Para apoio a essa estrutura, empresas prestadoras de serviços de comunicação (VAN – Value Added Network) oferecem a base tecnológica necessária.
As vendas on-line estão gerando uma receita de US$7,8 bilhões nas 9 milhões de residências com acesso à Internet nos Estados Unidos em 1998. No período de Natal de 1997 as vendas on-line ficaram entre US$750 milhões e US$1 bilhão. Nesse período de final de ano de 1998 as vendas foram estimadas em US$3,5 bilhões, resultando um crescimento entre 250% e 350% em 12 meses, segundo o Forrester Research, Inc. No Brasil, nos últimos três anos o número de usuários da Internet cresceu mais de 4000% chegando em meados de 1998 com mais de 3,4 milhões de usuários, segundo dados do Cadê/IBOPE. No mundo inteiro são 150 milhões de usuários e na América Latina são 8,4 milhões, segundo a empresa Nua Internet System. Para tornar a Internet um meio seguro para transações comerciais o protocolo SET (Secure Electronic Transaction) está sendo adotado pelas lojas virtuais.
Existem duas alternativas para as empresas ingressarem no comércio eletrônico: contratar um provedor de serviços ou criar sua própria infra-estrutura. Os provedores de serviços oferecem soluções para business-to-business com o uso de redes de dados especializadas, software que permitem o uso de EDI (Electronic Data Interchange), gerenciamento de transferência de arquivos e tradução de formatos das mensagens EDI. Para a soluções de business-to-consumer os provedores oferecem uma loja virtual completa com catálogos eletrônicos, mecanismos de cobrança segura pela Internet e o gerenciamento de segurança para evitar a invasão de hackers. Caso a empresa deseje uma integração mais forte com seus sistemas de aplicações a criação e gerenciamento da infra-estrutura própria é aconselhável. Cabe a empresa decidir por qual solução tecnológica adotar. Existem três opções: aplicações turnkey, soluções integradas e extensões de pacotes de gestão empresarial.
O comércio eletrônico atingirá US$3,2 trilhões em 2003, segundo a Forrester Research. A Zona Research estima em US$204 bilhões o comércio via Internet em 2001. O número de usuários Internet crescerá em 90% em 1999 na América Latina, de acordo com o IDC. Cerca de 30% das transações bancárias no Brasil serão realizadas através da Internet em 1999, segundo a LANTIMES Brasil. O governo americano estabeleceu diretrizes para regulamentar o comércio eletrônico, o chamado framework americano apoia-se em três objetivos: o mercado deve se autoregular, devem ser criados mecanismos de segurança e leis para regulamentar o comércio, e não deve se criar novas taxas para o comércio eletrônico. Os pacotes de ERP (Enterprise Resource Planning) criaram extensões para intercâmbio de dados através da Internet, onde a linguagem XML (eXtend Markup Language) está sendo adotada como padrão nos pacotes da SAP, Oracle, PeopleSoft, Baan e J.D. Edwards. Cada vez mais o público está aceitando o risco de fazer compras na Internet. O processo mais comum atualmente usando o protocolo SSL (Secure Socket Layer) é similar a de uma compra por telefone ou por catálogo. Apesar da segurança da criptografia na transmissão dos dados o consumidor não tem certeza que o vendedor está autorizado a receber as informações do cartão de crédito. Mesmo o vendedor desconhece se o comprador está autorizado a fazer o débito no cartão. Para melhorar o nível de segurança das transações eletrônicas foi desenvolvido o protocolo de segurança SET (Secure Electronic Transaction). O SET prevê o envolvimento de 4 componentes: o Cardholder Wallet que executa no PC do comprador; o Merchant Server que executa no servidor do vendedor; o Payment Gateway que executa na entidade que libera os créditos e autoriza a transação; e Certificate Authority que fornece e autentica as assinaturas digitais do comprador e vendedor. Extraído de: http://www.efagundes.com/rescomeletr.htm#O que se planeja para o comércio eletrônico nos próximos anos? |