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Harmonia entre os homens.

León Frejda Szklarowsky

Presidente da Academia Maçônica de Letras do Distrito Federal
Diretor de Relações Públicas da Associação de Imprensa de Brasília

Os seres humanos podem perfeitamente viver em paz, se o quiserem.
Basta a vontade política, única capaz de demover fronteiras, etnias, barreiras
religiosas e sólidas e antigas desavenças.

Povos que antes viviam em harmonia, de repente se vêem tomados de uma
gigantesca fúria selvagem, como se as forças do mal houvessem dominado seus
espíritos, para sempre. É a luta de irmão contra irmão, de pai contra filho.

Homens, mulheres e crianças são assassinados, impiedosamente, sob os mais
diversos motivos, a justificarem essa matança, esse holocausto moderno.

O mundo todo vê-se dominado pela violência. Derrama-se o sangue de
inocentes, de pessoas, cujo único pecado é o desejo de viver, intensamente, de amar,
de fazer o bem. Não se lhes permite sequer concretizarem o velho sonho de apenas
viver em paz!

Não obstante, no conflagrado Oriente Médio, onde o ódio substitui o amor, as
vidas nada valem, mata-se em nome de Deus e as violações ocorrem a cada minuto,
um exemplo, de que como a humanidade pode e deve se encontrar, transparece
nesse cenário que parecia impossível.

Na velha Israel e na Faixa de Gaza, ainda conturbada por uma paz que custa a
vir, família de palestino, morto em acidente de trânsito, autoriza a doação de órgãos,
por questões humanitárias, salvando a vida de quatro israelenses judeus.

O doador é FARID BAWADI, muçulmano, de 35 anos, pai de quatro filhos.

Este, porém, não é o único caso, pois, em maio deste ano, na cidade de Petach
Tikva, em Israel, dois casais israelenses - judeu e muçulmano – também participaram
de uma cirurgia de transplante duplo sem precedentes.

Joseph Zilag, judeu de Jerusalém, recebeu um rim de Yussuf Amach, palestino,
de Jisser al Zarqa, sul da costa mediterrânea. E Vicki Zilag, judia, doou um rim a
Soham Amach, palestina. Fontes médicas observaram que esta permuta foi
necessária, porque havia incompatibilidade de tipos sanguíneos nos dois casais.

No Brasil, o nobre Senador Lúcio Alcântara, com seu projeto polêmico,
conseguiu romper o tabu e acordar a sociedade, transformando-o na Lei 9.434, de 4
de fevereiro de 1997, que permite a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo
humano para fins de transplante e tratamento.

E, assim a profecia bíblica torna-se realidade, pois todos somos irmãos, lembrando a
voz dos Salmos, que não distingue entre seus filhos, que os considera todos iguais,
todos irmãos, ao proclamar: ”Ele ama a retidão e a justiça; a Terra está cheia de
benignidade do Eterno... O Eterno olha lá do céu, vê todos os filhos dos homens. Lá
do lugar da Sua habitação, dirige Seu olhar para todos os habitantes da Terra. É Ele
quem forma o coração de todos eles, quem considera todas as suas obras .”

E Yussuf Amash, antes da operação, declarou, em singelas e comoventes palavras: “
para mim, não há diferença entre judeus, árabes e cristãos. Todos somos iguais.”
 
 

Leon Frejda Szklarowsky.:
Presidente da Academia Maçônica de Letras do Distrito Federal
Diretor de Relações Públicas da Associação de Imprensa de Brasília
 

Brasília, DF, 29 julho 1998
 

Cf. Salmo 33.
Professor Leon Frejda Szklarowsky
Juiz Arbitral
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