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Educação, formação profissional, juventude
 
 

              As actividades da UE em matéria de estratégias para o ensino, a formação e a juventude
              visam valorizar um dos patrimónios mais preciosos da Europa – o património humano.
              Desenvolvimento social e cultural, adaptação à era do digital, desafios da Sociedade da
              Informação, emprego e, em última instância, competitividade económica, são elementos que
              dependem do êxito das nossas políticas de ensino e formação.

              São os Estados-membros que definem e aplicam a forma e o conteúdo dessas políticas. Mas
              os artigos 126.º e 127.º do Tratado da União Europeia atribuíram um papel de apoio à UE.
              O primeiro permite-lhe contribuir "para o desenvolvimento de uma educação de qualidade,
              incentivando a cooperação entre Estado-membros e, se necessário, apoiando e completando
              a sua acção...". O artigo 127.º diz que a UE "desenvolve uma política de formação
              profissional que apoie e complete as acções dos Estados-membros".

              Os principais programas destinados ao período 1995-99 são o LEONARDO DA VINCI,
              que incide na formação profissional, e o SOCRATES, cujas acções aprofundam a
              cooperação transnacional. Ambos se aplicam também à Islândia, ao Liechtenstein e à
              Noruega, no âmbito do acordo relativo ao Espaço Económico Europeu, e serão facultados
              aos seis países da Europa Central e Oriental, a Chipre e a Malta.

              Há outras actividades de cooperação com Estados não-comunitários, designadamente os da
              Europa Central e Oriental (Programa TEMPUS), os Estados Unidos e o Canadá.

              Na gestão e no desenvolvimento das políticas comunitárias, a Comissão Europeia é assistida
              pelo CEDEFOP, sediado em Salónica, e pela Rede Europeia de Informação sobre
              Educação, no sentido de promover intercâmbios de informação sobre sistemas de ensino e
              políticas nacionais de educação.

                   Principais acções e programas:
                        LEONARDO DA VINCI
                        SOCRATES
                        TEMPUS
                        Ano Europeu da Educação 1996 e da Formação ao Longo da Vida
                        Juventude para a Europa
                   Leis e procedimentos
 

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                              Principais acções e programas

                                 LEONARDO DA VINCI

              Este programa aproveita a substancial experiência da UE na promoção da formação
              profissional nos Estados-membros. Visa melhorar a qualidade da política e da prática de
              formação, encorajando novas abordagens para as políticas e práticas de formação
              profissional inicial e contínua.

              A aprendizagem ao longo da vida é uma das ideias nucleares do Programa LEONARDO DA
              VINCI, que procura instituir o conceito de que a formação é um processo
              contínuo,permanente, de desenvolvimento do indivíduo e de sua preparação para enfrentar as
              rápidas mutações operadas no nosso modo de vida e de trabalho.

              O programa prevê três tipos de medidas:

                   Projectos-piloto transnacionais, com destaque para os que incidem no
                   desenvolvimento de sistemas comuns de formação, na antecipação das necessidades
                   em matéria de formação, na adaptação de conteúdos e métodos, na formação de
                   formadores e na formação linguística.
                   Programas transnacionais de colocação e intercâmbio: permitem aos jovens no
                   início da formação, aos estudantes universitários e aos gestores de recursos humanos
                   receberem parte da formação noutro Estado-membro. O programa apoia também
                   intercâmbios de formadores e de especialistas em formação.
                   Estudos e análises aprofundados sobre necessidades e práticas no domínio da
                   formação profissional. Este trabalho serve para prever carências em matéria de
                   formação, aumentar a transparência das qualificações, identificar novos tipos de
                   aprendizagem e formação e divulgar informação sobre serviços de formação, aspectos
                   financeiros e beneficiários.

              O Programa LEONARDO tem um orçamento total de 620 milhões de ecus para o período
              1995-99.
 

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                                         SOCRATES

              A importância deste programa reside na forma como disponibiliza os muitos e variados
              recursos linguísticos, culturais e educacionais da Europa, a fim de melhorar a qualidade e a
              incidência da educação para crianças, jovens e adultos. Diversamente de anteriores
              iniciativas, o SOCRATES abarca todos os tipos e níveis de educação num só programa de
              cooperação.

              Ao incrementar as oportunidades de viagem e conhecimento de outros países europeus, o
              SOCRATES proporciona aos formandos uma visão da dimensão europeia nos respectivos
              temas de estudo, desenvolve um sentido de identidade europeia comum e ajuda a formar
              pessoas flexíveis e adaptáveis.

              O programa constitui um quadro para a cooperação europeia, não só entre escolas e
              sistemas de ensino superior, mas também em áreas como aprendizagem de línguas, formação
              de docentes, ensino para adultos e ensino aberto e à distância. Na prática, está ligado ao
              Programa LEONARDO, bem como a diversos programas relativos à igualdade de
              oportunidades e a alguns componentes do Quarto Programa-Quadro de Investigação e
              Desenvolvimento.

              Na maioria, as acções patrocinadas pelo SOCRATES são projectos transnacionais ou então
              redes, parcerias e associações. Preparam programas e materiais de ensino, estimulam o
              intercâmbio e a mobilidade dos estudantes e oferecem aos formadores oportunidades para
              cursos e intercâmbios transnacionais de formação. Podem tambémconsistir na recolha de
              elementos informativos e em exercícios de análise sobre a eficácia das iniciativas de ensino e
              formação e para a divulgação de conclusões.
 

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                                           TEMPUS

              O Programa TEMPUS é o principal instrumento da União Europeia para desenvolvimento e
              reestruturação do ensino superior na Europa Central e Oriental, nos novos Estados
              independentes da ex-URSS e na Mongólia.

              Faz parte dos programas comunitários gerais PHARE e TACIS.

              Foi adoptado pelo Conselho de Ministros da União Europeia a 7 de Maio de 1990 e
              prolongado a 29 de Abril de 1993 por uma segunda fase de quatro anos, iniciada no ano
              lectivo de 1994/95 (TEMPUS II).

              No âmbito do TEMPUS II, o TEMPUS PHARE e o TEMPUS TACIS devem ser
              encarados, em termos administrativos e orçamentais, como dois sistemas paralelos mas
              separados.

              Está em estudo um TEMPUS II-A, que vigoraria por mais dois anos lectivos.

              Principais objectivos do TEMPUS:

              promover a qualidade e apoiar o desenvolvimento e a renovação do ensino superior nos
              Estados signatários do PHARE e do TACIS;

              estimular a sua crescente interacção e uma cooperação tão equilibrada quanto possível com
              parceiros da União Europeia, através de actividades conjuntas e da mobilidade pertinente.

              Áreas prioritárias:

              O TEMPUS, o PHARE e o TACIS apoiam apenas actividades incidentes em áreas
              prioritárias identificadas todos os anos em conjunto pelas autoridades nacionais dos Estados
              signatários e pela Comissão Europeia.
 

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              Ano Europeu da Educação e da Formação ao Longo da
                                          Vida (1996)

              No mundo actual, deixou de ser possível pensar a educação como processo temporário a
              que o indivíduo se sujeita na infância e na juventude e que acaba por atingir um termo. O
              crescimento exponencial do conhecimento, as oportunidades propiciadas pela nova
              tecnologia da informação e a necessidade de a Europa colocar indústrias e serviços de
              grande intensidade de conhecimento na base da sua competitividade, significam que se tornou
              indispensável, e também oportuno, prosseguir uma aprendizagem ao longo de toda a vida.

              1996 foi designado Ano Europeu da Educação e da Formação ao Longo da Vida. O
              objectivo consiste em reforçar a sensibilidade dos cidadãos europeus para os benefíciosda
              aprendizagem ao longo da vida e estimular entre os estrategos o debate sobre a adaptação
              dos sistemas de ensino e formação às novas exigências.

              O carácter muito amplo do conceito de aprendizagem ao longo da vida é ilustrado pelos
              temas do Ano, entre os quais:

                   um ensino geral de grande qualidade, com o "aprender a aprender" como alicerce da
                   aprendizagem ao longo da vida;
                   qualificações profissionais para todos os jovens, a fim de facilitar a transição para a
                   vida activa e como base para o posterior desenvolvimento pessoal;
                   promoção do ensino e da formação contínuos;
                   cooperação entre as instituições de ensino e formação e o mundo económico;
                   sensibilização dos pais para o seu papel possível de incentivo aos jovens no processo
                   de aprendizagem.

              Sob os auspícios do Ano, estão a ser concretizados milhares de projectos, dos quais cerca
              de 500 com assistência financeira da Comunidade. São de natureza muito variada: jornadas
              de acolhimento (open days) e estágios (taster courses) destinados a pessoas que possam
              julgar-se alheadas da aprendizagem ao longo da vida; programas de televisão onde se
              realçam as experiências de pessoas que retomam a aprendizagem anos após terem deixado a
              escola; conferências sobre uma grande variedade de aspectos do ensino e da formação;
              concursos, espectáculos informativos sobre viagens, etc.

              A realização prática do Ano é da responsabilidade da Comissão (Direcção-Geral "Educação,
              Formação e Juventude"), com a colaboração de órgãos nacionais de coordenação em cada
              Estado-membro.
 
 

                           JUVENTUDE PARA A EUROPA
 

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                                    Leis e procedimentos

              Base jurídica: artigos 126.º e 127.º do Tratado da União Europeia.

              Atribuições do Parlamento Europeu: Dá parecer na adopção do Programa LEONARDO
              DA VINCI. No entanto, o SOCRATES é adoptado segundo um processo diferente, que
              permite ao PE alterar a proposta e adoptá-la em codecisão com o Conselho de Ministros.

              Atribuições do Conselho de Ministros: Decide quanto à estratégia e ao conteúdo dos
              programas, partilhando, em alguns casos, poderes de aprovação final com o Parlamento
              Europeu.

              Atribuições da Comissão: Propor legislação e gerir os programas, acompanhando o seu
              andamento e a observância dos objectivos.

FONTE : http://europa.eu.int/pol/educ/info_pt.htm