http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u19460.shtml [2]
Os crimes virtuais têm se mostrado cada vez mais presentes nos noticiários e jornais ao redor do mundo. À medida que a tecnologia se desenvolve, aperfeiçoam-se também os criminosos e as modalidades de crimes da internet. O artigo acima faz uma linha cronológica com as principais notícias envolvendo crimes na internet de 1996 a 2005. Mostra-se bastante interessante observar esta evolução, e é por isso que selecionei alguns fatos que achei mais relevantes para efetuar tal análise.
Setembro de 1996. Piratas virtuais da Suécia invadiram e modificaram o site da CIA na internet. Na página inicial, eles escreveram "Bem-vindo à Agência Central de Estupidez". Já a foto do então diretor da organização foi substituída pela imagem de um desconhecido.
Em janeiro de 1997, um casal de alemães foi preso acusado de oferecer na internet crianças para sessões de tortura. O casal afirmava se responsabilizar pelos corpos, caso houvesse morte. Já em setembro, uma mulher de Ohio, nos EUA, foi condenada a dois anos de prisão por ser "viciada em internet" e ter deixado de cuidar de seus três filhos. Em novembro, pela primeira vez na história da Justiça brasileira, um homem foi condenado por praticar crimes via e-mail. Um analista de sistemas, então com 38 anos, foi condenado a dar aulas semanais de informática durante um ano, por ter enviado mensagens ameaçadoras às jornalistas Maria Cristina Poli, na época da TV Cultura, e Barbara Gancia, colunista da Folha.
Mais tarde, em novembro de 2001, trinta países europeus assinaram um tratado para regular o combate a crimes na internet. O documento estipulava que cada país deveria criar um centro nacional de segurança on-line, encarregado de investigar hackers e fraudes on-line, podendo repassar informações a outros países. No mesmo mês do ano seguinte, Brasil ganha o título de maior "exportador" de criminalidade via internet. Os hackers brasileiros se "destacaram" pela alteração de conteúdo de home pages, roubo de identidade, fraudes de cartão de crédito, violações à propriedade intelectual (pirataria) e invasão de sites para protestos políticos.
Pela primeira vez, no início de 2004, Brasil condena pirata virtual à prisão. O acusado, então com 19 anos, pegou seis anos e quatro meses de prisão por aplicar golpes pela internet no Brasil e nos Estados Unidos. No final de 2005, a Operação Pégasus, da Polícia Federal, prendeu 114 piratas virtuais em sete Estados Brasileiros. O grupo foi acusado de desviar R$ 80 milhões em 2005.
Percebe-se que os valores e as quantidades de pessoas atingidas foram aumentando ao longo dos anos, bem como a audácia dos criminosos, em contrapartida, os governos passaram a reprimir tais práticas, e efetuar acordos procurando burlar tais atuações maléficas.
Júlia Padova Cornelius