A AUSÊNCIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS E A SOBRECARGA DE TRABALHO FEMININO


Porjuliawildner- Postado em 20 agosto 2015

Autores: 
Edileusa da Silva

Resumo: Este estudo tem como objetivo a análise da sobrecarga de trabalho das mulheres no que tange ao cuidado de sua saúde e de seus familiares. A tese defendida é que o Estado como responsável pela garantia da saúde dos cidadãos brasileiros, conforme preconizado na Constituição de 1988 e reiterado pela Lei Orgânica da Saúde (LOS) como direito constituído, em decorrência de uma orientação econômica neoliberal que foi implantada no país a partir de 1990, tem se afastado da efetivação da política pública da saúde e transferido para a sociedade e para as famílias responsabilidades nos cuidados nesta área. O estudo foi realizado no Assentamento 17 de Abril, localizado na fazenda Boa Sorte. A opção de se investigar as mulheres inseridas no contexto de assentamento foi no sentido de tentar compreender se esta sobrecarga de trabalho historicamente atribuída às mulheres tinha ressonância nas mulheres moradoras em área rural e que tiveram uma trajetória de embates na luta pela terra. As entrevistas foram realizadas com seis mulheres selecionadas a partir de critérios de elegibilidade descritos na metodologia deste trabalho. Tratase de uma pesquisa de cunho qualitativo que busca conhecer o cotidiano vivenciado pelas mulheres inseridas na área rural e usuárias da política pública de saúde. Utilizou-se de entrevistas abertas com questões norteadoras. Optou-se pela análise de conteúdo, momento em que foram elencadas as categorias que pudessem favorecer a compreensão dessa realidade. 

Fonte: http://www.revistagenero.uff.br/index.php/revistagenero/article/view/546...

AnexoTamanho
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