Trajetória em narrativas: loucuras e a cidade de Belo Horizonte, Brasil


PorRoger Lamin- Postado em 19 setembro 2018

Autores: 
Amanda Elias Arruda
Ana Lúcia Modesto
Cláudio Santiago Dias Júnior

Resumo

O artigo busca compreender as rela-
ções estabelecidas entre portadores de sofrimento
mental assistidos em um serviço aberto e comunitário e a cidade de Belo Horizonte (BH), capital
do Estado de Minas Gerais. Compreende-se que
a experiência da loucura é capaz de gerar narrativas que buscam atribuir sentido ao sofrimento
e auxiliam as pessoas a negociar as decisões cotidianas. O método biográfco foi utilizado para
a construção das narrativas de trajetórias de vida
dos três participantes do estudo. Cada pessoa atribuiu um sentido diferente à experiência da loucura, contudo, percebe-se a existência de trajetórias e
sociabilidades marginais às convenções da ordem,
da família e do trabalho. Verifca-se uma ruptura
com a invisibilidade marcante nos manicômios,
uma vez que os serviços abertos proporcionam a
circulação social e a manipulação de códigos sociais que entremeiam os deslocamentos, criando
novas territorialidades e codifcações. Contudo,
evidencia-se a necessidade de estudos empíricos
que contemplam temáticas como as relações familiares e as condições de moradia e renda dessa
população, para, então, ampliar as discussões do
direito à saúde para o direito à moradia, ao trabalho, enfm, o direito e o cabimento na cidade
.
 

Palavras-chave Saúde mental, Narrativas,
Território

AnexoTamanho
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