Reflexão sobre a atual sociedade e sua evolução para o futuro


Porlucassilveira- Postado em 28 março 2013

Reflexão realizada no dia 28/03 sobre o tema sociedade do conhecimento pelo prof. Aires. 

   Os alunos devem publicar abaixo, em comentários (não publicar novo post), tópicos relativos ao tema observando o contexto trazido em sala de aula, e principalmente lendo os comentários já postados pelos colegas nesta postagem. A partir disto, acrescentar a discussão novas dimensões do tema, evitando-se repetições feitas pelos colegas.

 

ver tambén:  ENGENHARIA E GESTÃO DO JUDICIÁRIO BRASILEIRO. ESTUDOS SOBRE A E-JUSTIÇA.

A história da humanidade é muito simples:

Nível 1 - Civilização primitiva sem tecnologia.
Nível 2 - Civilização de livre competição.
Nível 3 - Civilização de livre cooperação.
 
Tal como demonstrado no livro "O 8º Dia" (www.uniorder.org)
 

A sociedade contemporânea caracteriza-se pela globalização. As informações e a velocidade com a qual elas atingem a sociedade espantam qualquer um que tenha vivenciado as décadas de 80 e 90. Em razão da tecnologia e das facilidades que ela traz, os receptores dessas informações transformam-se cada vez mais exigentes, em todos os sentidos. Exigentes consigo, com os outros, com as coisas, com tudo, tornando o mundo tão exigente, ao ponto de os serviços e informações ficarem insuficientes, esgotáveis, pobres.

Em virtude disto, o mundo se especializou. As profissões ganharam novos rumos, novas perspectivas. Os cursos que antes eram genéricos, como engenharia, direito, medicina, tornaram-se insuficientes e foram ganhando afluentes. Se antes os clínicos gerais da engenharia mecânica e do direito davam conta da demanda profissional, com o passar dos anos e a evolução da sociedade, exigiu que os profissionais se tornassem especialistas, criando ramos e abrindo possibilidades.

Hoje, especialistas, mestres e doutores são essenciais para o desenvolvimento veloz da sociedade, exigido em todas as partes. Apesar dos malefícios gerados (como tempo demandado, ou o "saber muito sobre pouco), a especialização na sociedade do conhecimento traz benefícios ineguláveis. A criação de novos empregos, o aprofundamento do saber e a qualidade dos serviços faz com que a sociedade evolua ainda mais.

Assim, apesar do ser humano, na sua individualidade, não estar ampliando o seu modo de conhecer, mas sim reduzindo-se à especifidade, a sociedade como um todo mergulha numa ampliação profunda do conhecimento, trazendo isto para o cotidiano, do mais trivial ao mais complexo dos trabalhos, a especialização é necessária e benéfica.

Aluno: Gilmar Loretto Marino Júnior
Matrícula: 12100112
 
 
Dissertação baseada no artigo A esfera pública do século XXI por Pierre Lévy.
 
 
O artigo como um todo aborda um tema muito discutido atualmente, as mídias, em especial a digital e sua influência para a sociedade. Mídia essa que traz inúmeras transformações na forma não só de se comunicar, mas também de se refletir sobre variados assuntos entre eles, a política, a economia. A importância de estudar o comportamento de uma sociedade, - no caso, âmbito digital, - é que dessa maneira podemos compreender e estudar sua evolução e anseios para o futuro. Há a liberdade de se discutir diversos assuntos, como políticos, econômicos, sociais, englobando também temas polêmicos, como drogas, sexualidade, corrupção; encontrar diversos pontos de vista e informações sobre abordagens específicas; como a possibilidade de encontrar textos acerca da evolução da sociedade desde a época industrial até os dias atuais, juntamente com a opinião de diversos historiadores; os erros e acertos; as características principais.
A sociedade como um todo está interligada pela rede de uma maneira geral, pessoas de diversos lugares do mundo, podem se comunicar, compartilhar interesses de forma instantânea. É inquestionável que a velocidade gerada devido ao avanço das tecnologias, em especial, a internet, foi advinda de diversas conquistas e transformações. Analisando desde uma sociedade agrária, onde podíamos etiquetar as pessoas por níveis hierárquicos extremamente rígidos, podemos estabelecer qual relação essas pessoas teriam não entre si e analisar da mesma forma a transformação do mundo e das relações interpessoais variadas nos dias de hoje.
Centrando-se na sociedade Industrial, um exemplo crucial é o filme de Charles Chaplin, Tempos Modernos. No filme mostra-se extremamente clara a evolução do trabalho do homem e de sua complexidade. De trabalhos manuais e mecanicistas para a mudança de uma sociedade pós-industrial marcada por trabalhos mais complexos e variados onde os trabalhos manuais passam a ser cada vez mais elaborados por máquinas, enquanto o homem utiliza seu trabalho intelectual. Um dos marcos na sociedade foi a mudança da necessidade e importância do trabalho do homem, advindo assim grandes conquistas devido a este fator intelectual. O homem foi capaz de criar os equipamentos mais incríveis possíveis no mundo, sendo um exemplo, o computador, a rede digital e tudo que está interligada a ela, nosso ponto em evidência do texto. Outro contraponto da sociedade industrial para a pós-industrial seria o rápido crescimento no setor de serviços, em oposição ao manufaturado, aumento da tecnologia de informação, conhecimento e criatividade como pontos essenciais para as relações econômicas, políticas.
Pierre Lévy começa o artigo nos trazendo as vantagens primordiais da mídia digital, das quais podemos elencar: uma nova possibilidade de expressão pública, interconexão sem fronteiras e de acesso à informação. A partir dessas características podemos ampliar o conceito geral da mídia digital e sua funcionalidade. Um aspecto importante a ser comentado é sobre a expressão pública que em muito vem se transformando e mudando toda uma geração. Onde antes informações eram restritas, hoje são de aspecto global, onde pessoas de todo o mundo podem ter acesso às mesmas informações ao mesmo tempo. Possibilita também uma vasta fonte de informações; sendo esse um aspecto trabalhado pelo autor. Levy desconsidera a afirmação de que, por exemplo, o que vemos no Twitter não é verdade; faz uma ressalva de que nós somos quem devemos saber procurar e escolher nossas fontes, e através de mídias digitais selecionar as em que devemos considerar ou não como fontes apropriadas de informações. Os meios de expressão pública também são variados, como o Wikipedia, Facebook, Youtube.
A mídia digital estende ou democratiza a liberdade de expressão, por pelo menos três razões, sendo elas, econômica, técnica e industrial. Além da liberdade de expressão, as pessoas adquirem a liberdade de ouvir, podendo selecionar as fontes de informações como já foi relato anteriormente, ocasionando assim a possibilidade de explorar diversos pontos de vista sobre um mesmo assunto, onde antes era restringido a apenas um olhar, ou alguns temas sem nenhum ponto de vista devido às inúmeras formas de censura que proibiam que algumas notícias fossem publicadas. Inúmeras vezes podemos presenciar o que é conhecido como a sedução da multimídia. Podemos presenciar fatos que vão além da rede e começam a fazer parte do dia-a-dia, como vídeos divulgados na internet, campanhas, notícias de repercussão de interesse mundial, entre outros.
A maneira de acepção adotada por Lévy para estudar o comportamento dos cidadãos em sua esfera pública de forma digital é de valioso enfoque para compreender o funcionamento da sociedade e suas transformações durante o passar do tempo. De uma sociedade agrária; para industrial; para intelectual; podemos ver o aumento de complexidade das relações pessoas e interpessoais, acarretando um aumento de informações, de formas de pensar e agir que antigamente eram menores, e muitas vezes limitadas e censuradas em alguns momentos. Com esse acréscimo de informações e complexidade podemos pensar que tal advento pode ser prejudicial para a sociedade com o acréscimo acompanhado de informações desnecessárias e inverídicas; ressalva-se assim a necessidade de um filtro de informações pelas pessoas e o uso correto dos meios abrangidos que temos para organizar as formas de expressão pública.

A sociedade, assim como todo seu rol de conhecimento, tem evoluído em uma escala geométrica. O conhecimento, em si, não foi revolucionado como muitos podem pensar, mas o maior impacto foi a maneira como as informações deslocaram-se. O 'boom' das telecomunicações possibilitou um fluxo de dados imenso, facilitando pesquisas, estudos e desenvolvimento do conhecimento. Esta facilidade ampliou o saber, criando uma nova sociedade dotada de um imenso banco de informações, na qual antes tinha caráter muito mais restrito.

Esta nova sociedade, marcada principalmente por gerações seguidas de gerações cada vez mais rápidas e aceleradas têm mostrado os dois lados da moeda, o positivo e negativo efeito deste tipo de conhecimento. Da mesma forma que os fluxos de informações são imensos e rápidos, as novas gerações detêm um saber muito mais quantitativo do que qualitativo. Existe uma expressão que reflete bem este cenário, "buscar conhecimento na internet é como tentar beber um gole de água em um hidrante". Nada mais claro, pois, que a internet é a ferramenta mais utilizada pelos jovens para busca de informações. As informações são pouco densas, todavia em número absurdo, tornando o saber raso, genérico e brando. De um lado é positivo, pois há um pequeno saber em tudo, no entanto, negativo no sentido da densidade, como uma casa alicerçada em um terreno arenoso.

A sociedade deve se equilibrar na velha e nova guarda, não tão metódico como os mais experientes, nem tão precipitado como os novatos. Esta velocidade das informações traz impaciência e deixa os mais novos pouco aptos para aprofundar o saber. Os mais velhos, no entanto, têm grande dificuldade em assimilar esta nova era em que tudo são cliques de botões em velocidades assustadoras, sendo pouco eficientes na obtenção de informações. Logo, é vital saber selecionar as fontes e ter a paciência para assimilá-los, não apenas analisá-los superficialmente.

As formas tradicionais de transmissão do conhecimento estão sendo questionadas, constrangendo a busca por novos atributos culturais.

Na denominada sociedade da informação e do conhecimento, "a escola perdeu seu monopólio de transmissão do saber".

As fontes são diversas, onde buscam e encontram informações.

Como o uso da informática e das redes de comunicação, as informações são transmitidas com grande eficácia.

Os novos processos comunicacionais produziram percepções e construções diferentes quanto a socialização do conhecimento historicamente acumulado.

Não basta prescrever maneiras de trabalhar com programas e aplicativos que estão na internet.

Trata-se de trabalhar com o computador como objeto social.

E isto faz questionar os modelos mais "fechados" de escolarização, que ignoram a aproximação de mídias variadas, introdutoras de novos códigos e linguagens que precisam serem atendidos até para serem mais bem aproveitados.

Questões de ordem mais sócioafetiva, de interação, de motivação e de integração dos conhecimentos às experiências de vida são assuntos que influenciam, mais e mais o ideário educativo - formativo.

Portanto, recriar o cenário escolar.

O fato de valorar a mediação no processo do conhecer traz a cena outros conceitos. Assim a interação e interatividade aparecem como complementares ao ensinar/aprender.

Mais que formação, exige-se a mobilização de conhecimentos que possam ser transformados em ação, compreendidas agora como "competência". Estas competências são entendidas como "capacidade" de mobilizar múltiplos recursos numa mesma situação, entre os quais os conhecimentos adquiridos para responder às diferentes demandas das situações de trabalho.

A atual revolução tecnológica vem impondo mudanças na economia, na cultura e também no sistema educacional.

Nesse contexto o conhecimento ganha cada vez mais importância, é a necessidade de adaptação do sistema educativo à sociedade do conhecimento.

- Usar recursos como a informatização das funções?

- Um computador não é o suficiente para simplificar os procedimentos, se não existe uma cultura da informação.

A capacitação das pessoas constitui então um assunto primordial.

O mundo hoje em dia está muito tecnológico, e não podemos fujir disto. A internet se tornou um meio fundamental para comunicação, aprendizado, trabalho, enfim, uma infinidade de assuntos que são de extrema importância para nós. 

Com sua agilidade, a internet reduz o tempo gasto em nosso trabalho, também aproxima e facilita a comunicação entre pessoas distantes umas das outras e proporciona meios de pesquisa que geram um conhecimento amplo.

Não vejo um futuro sem a tecnologia. Será de extrema importância para nós, a medida que o mundo está se tornando cada vez mais globalizada. Entretando precisamos ter um cuidado com o uso desses meios para informações e linguagem, pois acaba gerando pessoas acomodadas, com apenas um meio de pesquisa, e empobrecendo a nossa lingua, a medida que cada vez mais está se usando abreviações.  

 

Desde os primórdios da humanidade as relações entre indivíduos/grupos se deram visando o poder, o monopólio, seja ele econômico, militar ou qualquer outro. A internet surge a partir de uma disputa pelo poder e a serviço deste. Atualmente sequer nos imaginamos sem o seu uso ou de seus acessórios, surgindo uma dependência vital desta. Indiscutível, portanto, a necessidade e a importância de seu uso, porém, como toda dependência, temos de avaliar seus danos colaterais.

Vivemos em um momento nostálgico da humanidade. Informações que antes levavam dias ou meses para chegarem a nós, hoje, com apenas um clique, ficamos a par de tudo o que ocorre no globo no mesmo momento. Criamos termos como “aldeia global”, “rede de informações”, os quais nos remetem a um mundo interligado e muito mais “próximo”. Entretanto, toda esta facilidade em buscar a informação nos leva a uma ociosidade do pensamento e, por sua vez, do conhecimento. Isso porque ferramentas virtuais, como a chamada “Googlemania” em que colocamos palavras chaves e recebemos todo tipo de informação, fazem-nos deixar de buscar a íntegra da informação, o seu real sentido, entender o “holofote” usado pelo autor (conforme mencionava Karl Popper em sua teoria), gerando um “emburrecimento” da sociedade e uma reprodução sistemática em larga escala de algo que sequer foi interpretado. Assim, a internet deve ser encarada como uma alternativa - um auxílio - de grande valia para a busca do conhecimento, e não o único meio para a busca desse. 

 

 

Luis Irapuan.

 

 No século em que vivemos, na qual somos chamados de sociedade do conhecimento, nunca cogitamos, em como seria a nossa vida hoje sem a tecnologia. Compartilho a idéia de que ''em algum momento da vida passamos por alguma dificuldade em questão a tecnologia", porem isso acontece pelo fato de que somos tão dependentes dela que não conseguimos, mas fazer nada sem ela. O capitalismo é o que mais ganha em meio a tudo isso, e nos simplesmente perdemos. Não se posso negar que a tecnologia em si tem seus benefícios, porem com ela também se encontram os malefícios, os quais estão passando despercebido por nos.

 Pode se afirmar que o conhecimento em si não é o que se faz com a tecnologia e sim o que fizemos sem ela, pois ela jamais aprendera por nos, ela simplesmente  entregara informações, as   quais deveremos processá-las. Pensar com a nossa cabeça, se tornou hoje um grande desafio.

 

     

    Lucimara Patté

Concordo com o comentário da colega Tassiane quando escreve que o conhecimento é “o motor que impulsiona a economia” e acredito que ele seja fruto do próprio capitalismo. Não na sua essência, visto que o homem não começou a tentar entender e “controlar” o mundo para enriquecer, isto foi consequência, mas na medida em que as nações foram se desenvolvendo o conhecimento aplicado tornou-se importante moeda.

O conhecer foi a fonte inicial da economia. Aprendeu-se que plantando e aguardando um determinado ciclo não seria mais necessário viver como nômade para se conseguir alimentos. Depois se aprendeu que era possível trocar um alimento por outro, dentre outros tantos conhecimentos. Com o passar dos anos o desejo de conhecer deixou de ser por simples necessidade de sobrevivência e tornou-se ímpeto de facilidade de acesso, de diminuição de trabalho, de encurtamento de distâncias, de melhor aproveitamento do tempo.

Desde o “surgimento” deste ideário é que o homem não deixou de trabalhar um dia se quer com a finalidade de superar o conhecimento do outro, de melhorar o que já está feito, de criar. Isto impulsiona a economia. Porém, se a economia não gerasse frutos a quem aplica o conhecimento não haveria quem procurasse conhecer mais a cada dia. Um impulsiona o outro, acionando o motor econômico e fazendo com que ele funcione a todo vapor e não pare. 

Constantemente nos surpreendemos com as novas tecnologias e seus benefícios e realmente tendemos a nos perguntar “Aonde vamos parar?”. Vivemos num mundo cheio de recursos e de mentes fervilhantes de ideias e saberes, onde tudo se transforma velozmente. A facilidade de acesso às informações e ao conhecimento em si expande-se juntamente com o desenvolvimento tecnológico, entretanto encontra hoje seus maiores obstáculos na própria economia, devido à dificuldade de inserção da parcela menos favorecida financeiramente da sociedade.

 

Conforme passa o tempo, o mundo evolui cada vez mais rápido. As tecnologias ficam obsoletas cada vez mais rápido. Com isso, a quantidade de informação disponibilizada às pessoas é maior com tempo e nada melhor do que se estudar o conhecimento, utilizar a epistemologia para guiar melhor as formas de aprender e entender, guiar a ciência.

Situações que há anos não se pensava, hoje são possíveis. Depois que os computadores, juntamente com a internet, se difundiram, a população tem acesso a estrondosos níveis de informações. Praticamente tudo é possível se encontrar na internet nos dias de hoje, coisas inimagináveis décadas, e até mesmo anos atrás, consegue-se fazer com um computador coisas que há pouco tempo eram difíceis ou até impossíveis, como conversar com pessoas que estão a milhares de quilômetros de distancia, no outro lado do mundo, apenas com um computador e uma webcam. Toda essa informação resulta na mudança de conceito a muito fixos na sociedade, como distância. Com essa mudança de conceito, é necessário se fazer um estudo do próprio conhecimento, como os novos conhecimentos se solidificam nessa nova sociedade que se forma.

Essa constante transformação do conhecimento causa uma certa incerteza se a sociedade conseguirá assimilar tanta informação. Pode-se dizer que conhecimento é utilizar toda essa informação, por isso não adianta apenas ter a informação, é preciso usa-la. É isso que se espera no futuro de uma sociedade que evolui a cada transformação, a cada nova informação recebida.

Com o término da segunda guerra mundial, entrou-se na era pós-industrial, momento em que a valorização de bens materiais foi trocada pela de bens imateriais - produção de serviços, informação, estética, símbolos e valores. Este momento que estamos vivendo está intensamente marcado pela globalização, pela informação, pelas tecnologias e pela rapidez com que tudo acontece, e é por isso que estamos constantemente nos deparando com alguns paradoxos. Uma destas contradições é a da "prisão" em que estamos inseridos por conta das tecnologias, tema atado de forma bastante relevante pelo sociólogo Domenico de Masi. Segundo o mesmo, ao colocarmos a tecnologia como a granderesponsável por esta dependência humana, cometemos um grande equívoco. Para ele estamos aprisionados sim, somos dependentes sim, mas a causa não reside nas inovações, mas sim em nós e no uso que escolhemos fazer delas. O desenvolvimento tecnológico nos proporcionou na verdade uma liberdade, liberdade de comunicação, de expressão e de conhecimento, precisamos apenas aprender a fazer um uso responsável de tantas possibilidades.

Outro grande paradoxo da atualidade tratado por De Masi diz respeito à rapidez com que tudo acontece. Não é difícil perceber a velocidade com que surgem novas tecnologias e a urgência com que se tem acesso à novos conhecimentos e informações, mas, em contraponto à isso, cada vez mais tempo se perde nas ruas, locomovendo-se para o trabalho e para casa, e menos tempo tem-se para o lazer . Vale ainda adicionar a isso, a noção de que a modernidade não vive mais do trabalho braçal, mas sim do conhecimento e da criatividade, substantivos que não serão alcançados sem um mínimo de diversão e descanso. É nesse âmbito que Dominico vai defender duas importantes revoluções na área do trabalho: o "ócio criativo" e o "tele-trabalho". A primeira trata-se simplesmente do exercício contemporâneo de trabalho - para adquirir renda -, estudo - para adquirir conhecimento - e diversão - para conservar-se feliz, prática fundamental ao surgimento de ideias. Já a segunda visa acabar com as horas perdidas no trânsito, tendo-se em vista que a função que se exerceria no local de trabalho poderia ser exercida de casa, através da internet.

Domenico de Masi acredita no uso das inovações para promover uma diminuição nas horas de trabalho e um aumento nas horas reservadas ao lazer. O que ele propõe portanto, é a utilização das ferramentas tecnológicas disponíveis em favor do bem-estar da sociedade e dos indivíduos, promovendo maior produtividade e criatividade nos locais de trabalho. 

 

Júlia Padova Cornelius

Vivemos em uma sociedade onde as informações são criadas e distribuídas de uma maneira muito mais rápida, onde tecnologias são criadas e tornadas obsoletas a todo instante e onde a informação torna-se cada vez mais essencial em nosas vidas, o que implica em mudanças no modo de ser e de se organizar da sociedade e também implica em uma necessidade do direito se adaptar à sociedade da informação.

O surgimento de novas tecnologias impactou profundamente o direito, criou mudanças que não poderiam ser previstas pelos juristas e implica na necessidade de criação de legislação nova para que o direito possa responder às demandas dessa nova sociedade. Durante muito tempo não houve uma legislação que tratasse de crimes da internet, de violção de informações presntes em computadores, no entanto, essas novas tecnologias já são muito utilizadas e a quantidade de conflitos decorrentes do seu uso cresceu, e os operadores do direito encarregados de julgar casos relativos a novas tecnologias não tinham suporte, pois a lei nada dizia sobre elas, os juristas clássicos, que servem de base para o conhecimento jurídico, nada dizem sobre o assunto, pois não é um assunto de suas épocas.

Recentemente, dia 2/4/2013, entrou em vigor a lei 12.737/2012, conhecida como lei "Lei Carolina Dieckmann",  devido ao caso da famosa atriz vítima de crimes da informática. Essa lei é a primeira do ordenamento jurídico brasileiro a tratar de infromática e demonstra que o direito começou a reagir à necessidade de leis sobre as novas tecnologias. A lei 12.737/2013 é, provavelmente, a primeira de muitas a tratar sobre o mundo virtual, o que demonstra que nessa nova sociedade de informação, tecnologia e conhecimento rápidos e em evolução, há uma necessidade também do direito evoluir e acompanhar o rápido ritmo de mudança da sociedade pós-moderna.

Tiago Luiz Tambosi

Com o avanço notório e cada vez mais veloz do desenvolvimento tecnológico, nos vemos obrigados a buscar uma adaptação. Não é possível viver em sociedade e querer escapar da tecnologia e da informação. A busca pelo conhecimento é, assim, imprescindível ao nosso modo de vida; é o propósito, o meio e a finalidade na conquista de nossas metas. O conhecimento é, portanto, um processo, não somente um objetivo. Também não podemos considerá-lo, como já discutido anteriormente pelos colegas, como absoluto, linear. Cada conceito pode, e deve, sofrer rupturas e reconstruções. Nesse âmbito, o dogmatismo é o vilão a ser superado. O conhecimento tem múltiplas faces a serem conhecidas e exploradas.

Levanto à reflexão, portanto, a questão da "ditadura do conhecimento". Vivemos a era da informação. Hoje o processo de conhecimento tem que ser dominado por todo indivíduo que aspira uma qualidade de vida acima da média. O saber desempenha papel fundamental na produção de riquezas. Mas até que ponto a necessidade de domínio científico pode ser acessível a todos? As tecnologias de informação são atualmente  instrumentos indispensáveis ao ser humano, mas uma parcela considerável da sociedade não tem possibilidade de aceder a tais inovações. É gritante ter-se, por um lado, uma minoria com acesso ilimitado a tais intrumentos, e, por outro, uma parcela social sem saneamento básico, por exemplo. É preciso rever os meios de forma a minimizar os impactos, pensar não somente nas inúmeras vantagens como também nos problemas, e, principalmente, de que forma canalizar a tecnologia também em favor aos que carecem dela.

 

Vivemos nessa dita sociedade do conhecimento, encurtamos nossas distâncias e reduzimos a nossa noção de tempo. Com a Internet, hoje tudo é perto e tudo é rápido. Vivendo nessa dinâmica cada vez mais rápida e o nosso Sistema Jurídico deixa a desejar. Ele se torna quase obsoleto, é lento e de difícil acesso a maioria da população.

Comparando-o com outros setores da nossa sociedade podemos perceber que o nosso Judiciário segue os passos das mudanças bem mais lentamente que o restante. É lógico que essa mudança não deve ser feita de maneira mal pensada, mas a tecnologia que dispomos poderia ajudar a agilizar os operados do Direito em algumas de suas atividades mais rotineiras, deixando para eles as atividades em que o conhecer, ou seja, o ato de trabalhar o conhecimento, esteja envolvido e assim se perca menos tempo com trabalhos que não exigem raciocínio e são praticamente repetitivos.

Além do nosso Sistema Jurídico não ser nada ágil comparado ao ritmo de nossa sociedade pós-moderna, outro ponto que acredito afastá-lo dessa sociedade é o fato de os leigos só conseguirem acesso às informações jurídicas com a intermediação de algum operador de Direito, tornando o alcance destas muito trabalhoso, demorado e dispendioso.

Talvez, com a tecnologia já existente, consigamos repensar alguns pontos do Direito e aproximá-lo da realidade que nossa sociedade vive: ágil, rápida e de fácil acesso.

Leticia Poggi

 

A sociedade moderna pós-industrial caracteriza-se por gerar complexidades cuja origem está associada ao avanço do conhecimento humano que, para muitos, encontra-se traduzido em tecnologias e disponibilidade de informação. Entretanto essa potencialidade de conhecer está concentrada em um modelo científico epistemológico voltado para a especificidade, ou seja, o método para a obtenção do conhecimento está focado em conhecer muito de pouco.

Na sociedade do conhecimento os indivíduos tendem a tornarem-se especialistas em determinada área e, muitas vezes, em parte específica dessa área. É o que acontece, por exemplo, com o Direito, a medicina, a engenharia, etc. No direito encontramos profissionais especialistas em determinada área, como o direito civil, o que é compreensível, pois o direito é um campo prolixo. No entanto estes profissionais acabam focando o seu conhecer no específico do específico, no caso deste exemplo, em contrato, processo, família etc.

Portanto o fato da modernidade pós-industrial disponibilizar um número elevado de informação a sociedade não quer dizer que o ser humano, na sua individualidade, esteja ampliando o seu modo de conhecer, mas sim o reduzindo a especificidade, conhecendo, profundamente, muito de pouco. Consequentemente a sociedade moderna inclina-se para uma forte dependência desses serviços específicos, pois são eles os responsáveis pela formação de um todo complexo que caracteriza a sociedade moderna do conhecimento, aproximando-se do que Durkheim denominou “ solidariedade mecânica”. 

 

Wallace.

 

Sociedade do conhecimento é um termo razoavelmente moderno para uma forma social na qual a criação, distribuição e manipulação de conhecimento são partes integrais da economia, cultura e política. Não é fenômeno apenas do presente, pois existiu sim no passado, entretanto, nos deparamos com um motor propulsor sem igual no passado: a tecnologia.

Mas o que, dentro do aspecto tecnológico, causou tal mudança? Algumas gerações atrás um bom profissional poderia ser aquele que sabia e conhecia mais de um certo assunto, por exemplo. Atualmente a distinção entre um bom profissional e um ótimo é saber pesquisar e, principalmente, sabe executar ou criar. Não mais basta decorarmos textos e teoria: esse tipo de conhecimento é facilmente acessível com as diversas tecnologias à nossa disposição (internet), o diferencial é humano: saber trabalhar a informação é mais valorizado do que tê-la em mente.

Acredito sim que isso seja uma evolução na forma com a qual trabalhamos o conhecimento, ainda assim, existem certas armadilhas discretas por trás desse fluxo gigantesco de informação. Vivemos de maneira como nunca antes: somos bombardeados por propaganda, notícias, entre outras muitas informações irrelevantes para uma pessoa comum. Existem estudos demonstrando o efeito dessa absorção descontrolada de informação, cujos resultados apontam para uma perda de capacidade de memória e outros resultados negativos.

De maneira geral acho esse modelo de sociedade do conhecimento um avanço cultural, resta saber até onde chegaremos em certos quesitos delicados, tal como a privacidade. Mas não podemos senão deixar para o futuro a resposta de tal questionamento.

 

Luís Tadeu N. Pires

 

O ímpeto de conhecer se relaciona intrinsecamente com a necessidade humana de “compreender para controlar”. O homem tem buscado exercer o controle ao longo da história, seja nos fenômenos da natureza e nas diversas áreas como na medicina, engenheira etc. O próprio direito, sendo fruto da criação humana, atua como um instrumento de controle social.

Contudo, a natureza e a sociedade nunca deixaram de ser complexas e o mundo contemporâneo é a expressão desta complexidade. A sociedade está mais evoluída, mas ainda há muitas incertezas e contradições. Nesse contexto, a sociedade do conhecimento nos coloca a frente de diversas fontes de informação, opiniões e verdades provisórias, que nem sempre revelam a precisão desse conhecimento.

O conhecimento também pode ser entendido como uma moeda de troca, isso no contexto do capitalismo, já que, é possível considera-lo o motor que impulsiona a economia, atuando como principal fator de estratégico de riqueza e poder.

Em suma, a sociedade atual é conduzida por contínuas mudanças, muitas delas atribuídas a própria sociedade do conhecimento e suas contribuições.

O que mais nos deparamos hoje ao ler artigos, notícias, comentários, reportagens, conteúdos expositivos no geral, é que vivemos atualmente na "socidade do conhecimento". Mas, ao mesmo tempo, nos deparamos com opiniões falando que a população no geral não sabe efetivamente pensar e que não quer conhecer as informações que tem a sua disposição. Assim, é posto a nós qual das partes dessa contradição é a mais próxima da nossa realidade. Digo que as duas afirmações estão tanto corretas quanto equivocadas. Isso porque, primeiro, a respeito da "sociedade do conhecimento" não podemos dizer que agora NÓS é que estamos de fato evoluindo no conhecer, uma vez que isso ocorreu com todas as sociedades, desde a primitivas até as mais recentes. Pode ser que eu esteja me enganando, falando algo que não tem haver com o termo, porém, quando me deparei com ele, logo pensei que estariam enfatizando somente a nossa sociedade atual como a sociedade do conhecer, o que não é verdade. Tudo o que temos de mais avançado hoje foi resultado de invenções, ideias, informações, passadas (e algumas derivadas dos primórdios, da "criação" da sociedade). Segundo, quando (muitos) falam que nós, pessoas componentes da sociedade pós-industrial/pós-moderna, não "pensamos" ou que não queremos de fato debater, trocar ideias, questionar, argumentar fatos, não estão errados em seu pensamento, como também não estão totalmente certos. Pensamos sim, debatemos, queremos conhecer, por em prática aquilo que aprendemos, porém isso tudo a nossa maneira, à maneira do homem do século XX / XXI, individualista, impaciente, onde a tecnologia auxilia na agilização das informações. Queremos debater, questionar, mas com nós mesmos. Queremos novas invenções, porém somos seres "imediatos", que querem tudo em tempo mínimo e hora exata, onde o recomendável é esperar dentro do limite estabelecido pelas leis naturais. Queremos informações, porém sem demais delongas. 

Assim dito, infelizmente (ou felizmente, dependendo do ponto de vista) nossa sociedade é e foi orientada, durante o desenvolvimento da história humana, para ser assim, rápida, individual, precisa. Portanto, devemos, antes de começar a caracterizar equivocadamente o que somos hoje, tentar explicar o porquê dessa situação, como que nós lidamos com a informação, e ver que a vontade imensa de querermos sempre mais inovações e originalidades cresceu de forma extraordinária em comparação a sociedades anteriores.

 

Thaís Schveitzer

         Todas as sociedades em algum momento de sua existência enfrentaram problemas ao lidar com as novas tecnologias e descobertas de seus tempos, cada uma a sua maneira. Tais dificuldades não podem ser interpretadas como barreiras mas sim como um estímulo para um desenvolvimento futuro.

        Acredito e compartilho as opiniões dos comentários abaixo em relaçao a quantidade muitas vezes exagerada de informação a qual a sociedada atual está condicionada. Toda essa informaçao originada das novas tecnologias podem nos transportar para as varias partes do globo mas não nos garantem um conhecimento, pelo menos o conhecimento puro o qual várias disciplinas buscam e tentam entender, tema de muitas discussões e pesquisas. 

     Penso que nao se deve procurar e definir o que é conhecimento e também não associa-lo totalmente a informação, pois caso contrario qualquer pessoa com acesso à internet ou outro meio de informação se sentiria em uma zona de conforto, não procurando debater, entender outros lados de um tema e outras opiniões. A dificuldade atual está justamente nesse ponto. O futuro pede um esforço cada vez maior, um conhecimento cada vez mais amplo diante da imensidão de informações.

 

Matheus Diniz

Vivemos um período de muitas incertezas. As inovações tecnológicas e os avanços na área do saber transformam nossa sociedade em um ritmo cada vez mais acelerado. O conhecimento é hoje o principal fator na geração de riquezas e desenvolvimento econômico dos países.

O advento da internet rompeu fronteiras e encurtou distâncias, pulverizando informação aos quatro cantos do planeta. Mas será que toda essa informação que podemos obter quase que instantaneamente, e que se renova e aumenta a cada dia, pode se traduzir em conhecimento?

Conforme comentário do colega Lucas Silveira, “conhecimento é a aplicação da informação, ou seja, o ato de 'fazer'”. Portanto, não adianta só “empilharmos” milhares de informações, precisamos processá-las, assimilá-las, relacionando conceitos, compreendendo as causas, os “porquês”.

Acredito que esse seja um dos grandes desafios deste novo século: conseguir utilizar essa grande quantidade de informação ao qual temos acesso e transformá-la em conhecimento.

 

Lucas John

 

São nítidas as conquistas realizadas pelas classes trabalhadoras ao longo dos séculos adjacentes a revolução industrial. Os regimes de trabalho forçado cederam espaço aos novos conceitos de trabalho, que visam o maior conforto e produtividade - sem comprometer a integridade - dos novos trabalhadores.

A exemplo de empresas de tecnologia como o Google e o núcleo criativo da Apple, que ocupam o polo industrial do Vale do Silício, os seus empregados extremamente especializados. São agraciados com um ambiente de trabalho agradável e com horários flexíveis, além de uma remuneração adequada e invejável para boa parte da classe trabalhadora.

Existe, contudo um paradoxo na conjectura internacional da produção nos nossos dias. A mesma empresa, Apple, mantém o seu núcleo criativo operando em solo estadunidense, enquanto a matriz de produção se localiza na China. Os funcionários chineses são treinados para realizarem tarefas monótonas e repetitivas – como ilustrado por Chaplin em Tempos Modernos. Além da baixa remuneração e do alto índice de suicídio os empregados chineses são meio de redução de custo de produção.

Sem adentrar no velho conceito marxista de mais-valia, somente orientando o foco nos direitos trabalhistas, é possível perceber como ainda existe um descompasso em relação aos direitos de classes trabalhadoras. Empregados que estão ligados pela produção de um mesmo bem são tratados de modos tão distintos e desiguais, esta relação sem dúvida marca o nosso século com novos extremos. Não mais colocando detentores de meio de produção contra mão de obra, mas sim trabalhadores respeitados e dignos contra aqueles que têm os seus direitos mais fundamentais ainda negados.

José Augusto Ribeiro

A complexidade humana vem junto a necessidade de resoluções mais práticas e rápidas à nossa sociedade. Hoje tudo está praticamente informatizado e a necessidade da união da educação com a informatização está aumentando exponencialmente. E tudo advém do período pós-industrial, a invenção e aperfeiçoamento das máquinas, e com ela precisamos evoluir em conjunto e nos tornar mais especializados, ou ficaremos para trás. Algo que se produzia a meio século passado não é feito mais da mesma forma. Necessitamos de aumento de velocidade e de produção.

Tudo está mudando, nenhuma ideia ou opinião passada se compatibiliza ao nosso novo modo de viver. O conhecimento não é mais um argumento válido para se julgar alguém, todos temos nosso próprio conhecimento, nosso próprio meio de fazer. Afinal, em uma sociedade complexa do que adianta somente o conhecer?

Tudo que temos e conhecemos são vestígios do nosso passado e acabamos tendo que lidar com novos problemas e situações diversas as quais nunca tivemos contato previamente. O que conhecemos não mais se aplica. Passamos então a ser considerados ignorantes? Devemos por em exercício o nosso raciocínio, o pensamento e a reflexão, em busca de novas respostas para os novos desafios.

Atualmente nossa sociedade tem a disposição uma poderosa ferramenta chamada informática que com um simples clicar já exibem milhões de resultados em poucos segundos. De um certo ponto de vista podemos nos considerar privilegiados pois muitas respostas já possuímos, porém, ao mesmo tempo desprivilegiados, ao passo que novas questões sobre a integração e complexidade humana surgem.

 

Mateus de Oliveira

 

A discussão e reflexão acerca da complexidade da sociedade atual são de extrema relevância para a consolidação e o desenvolvimento de uma ciência jurídica sólida.

Nessa perspectiva, advém, no âmbito da crise no direito, a figura do operador jurídico como propulsor de um pensamento burocrata e demasiadamente teórico-dogmático, o qual não suprime as necessidades fáticas da comunidade. Tal situação relaciona-se ao processo de conhecimento norteado por verdades absolutas, o qual pleiteia e zela por uma verdade superior. Nesse sentido, premia-se uma visão estereotipada do jurista como aquele intelectual estudioso que se põe por horas aos códigos, desvendando a melhor forma de subsunção legal ao fato típico genérico.

No entanto, não é dessa intelligentia que a sociedade atual carece. Milhares desses bacharéis formam-se – no sentido de serem moldados ao aporte anteriormente citado – todos os anos. Necessita-se, agora sim, daquele intelectual descrito por Gramsci, o qual analisa e transforma deveras seu contexto de atuação. Para tanto, contudo, demanda-se uma abstração aos moldes atualmente divinizados, transformando a docência. Assim, devem-se transpor as barreiras universitárias de maneira a exibir em qual sociedade vivemos. Dessa forma, resgatar-se-á o ideal de justiça esquecido.  

Rafael Martins

Diante da velocidade com que a informatização é inserida no contexto da sociedade humana, e das consequencias e transformações que lhe provoca, é inevitável que cause espanto e apreensão a todos.

O homem, cada vez mais, é intimado a mudar seus conceitos acerca de distâncias, possibilidades/impossibilidades e, principalmente, de suas certezas. Assim, torna-se inevitável que por  vez ou outra venhamos a nos fazer a clássica pergunta: Aonde vamos parar?

Muito antes de iniciarem-se as aulas de INFOJUR, essa pergunta, por muitas vezes, veio a fixar-se nos meus pensamentos, então, comecei a procurar respostas nos mais diversos SITES, REVISTAS, JORNAIS e etc. No entanto, tudo que encontrei de informações a respeito me pareceu inconcluso e improvável demais. Tratei, pois, de fazer minha própria reflexão, e, claro, utilizando parte das informações pesquisadas, edifiquei um aporte de conclusões que, apesar de não considera-las absolutas, me "consolam" sempre que a sensação de não saber qual caminho seguir teima em se instalar diante da rapidez com que as transformações ocorrem no dia-a-dia.

Pois bem, não pretendo aqui expor minhas teorias a cerca do que batizei com o nome de " Processo de virtualização do ser humano", haja vista que para tal seria necessario redigir muitas páginas ou, até mesmo, um livro inteiro - e eu já pensei nessa possibilidade - a fim de esclarecer minhas opiniões de modo que não sejam mal interpretadas ou caiam na vulgaridade. Quero, no entanto, salientar a necessidade de nos ocuparmos em construir nossas próprias certezas, nosso próprio norte, a fim de que as transformações trazidas pelas novas tecnologias não nos surpreenda como uma tsunami a comprometer nossas bases e fundações pois, se assim for, ficaremos a "boiar" na condição de meros plânctons no oceano do conhecimento.

J.A.D.

 

Estudar epistemologia, isto é, estudar o próprio conhecimento, é de fundamental importância na construção dos principais conceitos da ciência. Saber definir o que é direito, justiça, sociedade, Estado e mesmo o saber, é essencial para construir a base do desenvolvimento de teorias, de opiniões e até de tecnologias.

O conhecimento possui metamorfoses históricas e é moldado conforme o período e o autor que o estuda. Dessa forma, pode-se arguir, sem prejuízo algum, que estudar epistemologia é levar em consideração toda a transformação histórica que está por trás de um conceito; é poder entender o que foi dito no período histórico no contexto em que foi dito e, mais do que isso, poder relacionar os momentos passados com o presente de forma íntegra e inteligente.

Não é sábio então falar em sociedade de forma desregrada, ou então inferir que a política de Aristóteles ou de Maquiavel tem aplicação plena até os dias atuais. É preciso entender a justificativa histórica de cada autor, assim como entender previamente os conceitos que ora utilizavam (se pensarmos no conceito de Estado de cada um, inclusive o nosso, temos concepções muito discrepantes).

Portanto, é imprescindível estudar a base em que montamos nosso conhecimento e, mais importante, o modo de produção desse conhecimento. Deve-se pensar no futuro de maneira carinhosa, com um olhar nas lições do passado, mas também com uma visão aguda do que somos no presente: não é possível ignorar a progressão histórica, assim como não é possível deixar de notar os momentos atuais. Caso contrário, nossa sociedade continuará deslocada do próprio propósito de existência.

 

Autor: Felipe Canan.

Gerada em torno da educação, um conhecimento pessoal para com o mundo, torna-se uma visão da realidade. Há também possibilidades se é possível ao ser humano alcançar o conhecimento total e genuíno, dos limites desse conhecimento.Esta é uma questão de compreensão problemática.

Atualmente o modo como a sociedade está vivendo em relação a tomada de decisões está em questão da coletividade, visto as intervenções em todos os níveis na sociedade. São causas específicas, assim como a horizontalidade, onde sempre há possibilidade de liberdade, pois depende de cada um.

Texto conforme visto em sala.

 

Josimar Santos de Souza

 

A sociedade do conhecimento trouxe consigo a velocidade do tempo real, com amplas possibilidades de controle, armazenamento e liberação de acesso a múltiplos conjuntos de informações.  O termo conhecimento é polissêmico e escorregadio, atraindo atenção de diversos campos do saber (SQUIRRA, S. 2005).

Conforme visto em sala, conhecimento é a aplicação da informação, ou seja, o ato de “fazer”. A sociedade pós-moderna, ou sociedade do conhecimento, está se tornando cada vez mais complexa, no sentido da busca pela descoberta do conhecimento.  Esta busca, e o interesse pela mesma, nos permitiu evoluir ao ponto de fatos tratados hoje em dia como normais, serem considerados como situações divinas, de milagres, se fossem pensadas anos atrás.

Antigamente, a pelo menos 200 anos, seria impensável realizar benefícios para a sociedade como os que existem hoje. Temos como exemplo significativo, na área da medicina, os  implantes de órgãos, as transfusões sanguíneas, que permitem que uma pessoa sem nenhuma expectativa de  vida, possa continuar seu caminho de forma saudável e natural dentro da sociedade.

Acredito que a busca pelo conhecimento, ou seja, a aplicação das informações conhecidas, é o fator fundamental para a continuação da evolução da sociedade pós-moderna. Um fato fundamental para a evolução da sociedade do conhecimento, é a globalização, que permite uma troca de informação e CONHECIMENTO de maneira muito rápida, estreitando as fronteiras entre diferentes culturas, diferentes regiões do mundo, e diferentes ideologias. Essa possibilidade de troca de informação em tempo real, torna possível uma evolução social mais integrada, conecta, e ágil, trazendo benefícios não mensuráveis para nossa sociedade, em diversas áreas, como economia, saúde, tecnologia.

Referências

SQUIRRA, S. Sociedade do Conhecimento. In MARQUES DE MELO, J. M.; SATHLER, L. Direitos à Comunicação na Sociedade da Informação. São Bernardo do Campo, SP: Umesp, 2005.

Lucas Silveira

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Computação - PPGCC. 

Departamento de Informática e Estatística - INE

Universidade Federal de Santa