QUESTÕES DE E-GOV SOBRE MATURANA - Equipe 3

Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

Centro de Ciências Jurídicas

Programa de Pós-Graduação em Direito

Equipe – 3: Augusto, Daiane e Jaqueline.

QUESTÕES DE E-GOV SOBRE MATURANA

01) Qual a relação entre o conceito de autopoiese molecular com os seres vivos em sociedade?

Os autores comparam a fenomenologia social e a fenomenologia biológica, afirmando que “não há descontinuidade entre o social, o humano e suas raízes biológicas. O fenômeno do conhecer é um todo integrado e está fundamentado da mesma forma em todos os âmbitos” (pág. 33). Levando conceitos da complexidade molecular e organização, procura-se entender as interações sociais. Colocam sinonímia entre a interação social de seres e a interação celular. (p. 241)

02) O conceito de auto-organização de Maturana e Varela pode ser utilizado no emprego de sites de internet?

Como Maturana define os seres vivos como redes em interações moleculares que produzem a si mesmas e especificam seus próprios limites, portanto auto-organizados. Estas interações, assim como nas sociedades da informação, podem se dar sem que haja um “dono” do processo, ou sem que exista uma célula líder com a função de definir os papéis de outros.

03) Como a auto-organização (MATURANA, 2001) da sociedade da informação em redes pode estimular e ampliar a participação cidadã na democracia?

Ferramentas de informações em rede possibilitam a participação do cidadão de forma mais efetiva nas decisões de governo mobilizando, fiscalizando ou apenas colocando a opinião, que, ao se tornar coletiva, numa democracia, demonstraria a vontade dos mesmos. Como um movimento de baixo para cima (emergência).

04) Diante das ideias de evolução propostas pelos autores, como pode ser relacionada à resistência de alguns juristas/servidores quanto ao apego a documentos e papéis, no sistema virtual judiciário ou processos administrativos, como algo que atrapalha o desenvolvimento da técnica?

O apego atrapalha o que deveria estar claro: por trás de uma pretensa perda está o ensinamento de que algo melhor para nosso crescimento precisa entrar. E se não abrimos mão do velho, como pode haver espaço para o novo. Questionamento das certezas e das verdades absolutas.

05) Com o governo eletrônico os cidadãos e os operadores na sociedade podem entender a dinâmica do Governo? As TIC’S representam um nível diferenciado de conhecimento?

 O fenômeno do conhecimento e as ações dele derivadas resultam da nossa experiência cognitiva; e que decorre da evolução da nossa estrutura biológica individual, da nossa diferenciação, ou seja, o conhecimento em rede e consequentemente das TIC’S simplifica e democratiza o conhecimento no ambiente do governo eletrônico.

06) Qual a importância da visão sistêmica biológica para a vida na sociedade da informação?

A visão sistêmica explica situações complexas e permite construção de conhecimentos. Assim, como a vida em sociedade é altamente complexa, porém composta por partes interligadas, a visão sistêmica é fundamental  para a compreensão desta sociedade e suas partes. Segundo a visão sistêmica a vida poderia ser comparada a uma rede, com vários pontos de conexões interligados. De forma semelhante ocorre na sociedade da informação. As TIC’s consistem em uma rede virtual que possibilita inúmeras conexões e o grande fluxo de informações entre os elementos conectados a este sistema.

07) Qual a relação entre o fenômeno de emergência biológico de Maturana e Varela e o fenômeno de emergência social de Steven Johnson?

As interações, sejam elas moleculares ou em nível de interações sociais, podem se dar sem que haja um “dono” do processo, ou sem que exista uma célula líder, ou, mesmo com o exemplo do formigueiro, sem uma formiga “presidente”, com a função de definir os papéis de outros. Este movimento de criação auto-organizada é comumente chamado de emergência. Para Johnson a emergência é o movimento que, vindo do nível mais simples e baixo chega ao nível mais alto e sofisticado; assim como o formigueiro, é também um fenômeno emergente. E tem, no seu interior, seus próprios sistemas emergentes: os das calçadas, das vizinhanças, das praças, dos shoppings, nos quais interagem de modo informal e improvisadamente os cidadãos que nela habitam.