Perfil do estuprador


Porwilliammoura- Postado em 13 dezembro 2011

Autores: 
CORRÊA, Nodimar
KRASNIEVCZ, Elizandra
ROSA, Julci Mara da Rosa
FERREIRA, Eli dos Santos

Perfil do estuprador

Autores: Nodimar Corrêa, Elizandra Krasnievicz. Julci Mara da Rosa, Eli dos Santos Ferreira.  

PERFIL DO ESTUPRADOR 

                  Nessa pesquisa demonstraremos que não existe um perfil singular de um estuprador, e também na maioria das vezes não se trata de individuo perigoso, e por conseguinte muitas vezes estão ligados ao convívio da vitima: entre os familiares, vizinhos, amigos, colegas.

              Em grande parte dos casos, o estuprador não é um homem estranho que anda pela rua às escuras, mas sim alguém que integra o círculo de relações da vítima freqüentemente, um parente.

            Em face da existência de  diversos estudos e pesquisas sobre o perfil de um estuprador, e a causa desse ato bárbaro com o semelhante e ainda em muitos casos na maioria das vezes praticado por pessoas do seu convívio familiar, trabalho, estudo, pessoas que pelos costumes moral   deveriam proteger a vitima contra algo de mal que poderia lhe ocorrer.

            Traçando um paralelo da  teoria ao caso concreto observa-se que o estuprador realmente não possui singularidade entre eles, e, tomando como exemplo o caso de estupro ocorrido aqui no município de Sorriso em Maio/2004, que um jovem de aproximadamente 22 anos, estuprou um criança de apenas um ano e seis meses de vida,  tal fato ocorrido  quase que na presença do pai, parentes e amigos,  ou seja nada maior que uma distancia de apenas 500 metros, ou tempo de 20 minutos da ausência da presença do pai, praticando o ato libidinoso   em uma via pública, sendo a segunda rua mais transitada do município, sentado na calçada defronte ao supermercado Bérte, a falta de discernimento do perigo, o estuprador  visualizava o vigia do supermercado, próximo dele, tamanha foi  a frieza do seu comportamento levando e entregando a  criança totalmente  desfalecida e ensangüentada  na casa de sua mãe, e a caminho de sua casa foi abordado pelo pai da vitima que estava enfurecido pelo desaparecimento da criança, o estuprador pede para ficar calmo que a menina estava bem, e, com a mãe, tamanha foi  sua frieza que estava indo para  casa como se nada estivesse acontecido e nada iria lhe acontecer,   e ali mesmo quando ainda estava com o pai da menina, veio os parentes gritando o que o rapaz tinha feito, conduzido pelos presentes a delegacia e já prestando depoimento, narrou o fato com detalhes que assimilando como se estava contando  um filme, sendo ele um jovem de 22 anos sem antecedentes criminais nenhuma passagem pela policia, morava com os pais, estava empregado, sendo uma conduta  totalmente diferenciada do caso do australiano de 73 anos, que manteve a filha em cárcere privado por anos, as diferenciação dos casos demonstram a singularidade de cada estuprador e apenas a  similaridade no perfil de ambos de psicopata.

            Para enriquecimento de nosso trabalho iremos transcrever o parecer psicosocial da equipe interdisciplinar, que e réu  após o cumprimento de 1/6 da pena de reclusão, e ter apresentado uma ótima  conduta de comportamento e  disciplinar e social na cadeia pública de Sorriso:

AVALIAÇÃO CONCLUSIVA:

                                                                  Apesar do reeducando Élson Carlos Sardinha da Silva, ter já cumprido 1/6 de sua pena, apresentar um bom comportamento carcerário, um bom relacionamento com demais detentos, agentes prisionais e diretor da cadeia pública, salientamos que durante os contatos mantidos quando dos questionamentos sobre o delito e/ou de seus relacionamentos amorosos o reeducando respondia de forma evasiva, não demonstrando coesão e/ou convicção em suas respostas, não apresentando um desenvolvimento “adequado” para sua idade no que se refere a sua vida amorosa/sexual.

                                                                  Assim sendo, sugerimos que o reeducando Élson Carlos Sardinha Silva, seja encaminhado para tratamento psicoterápico  individual devido a gravidade do delito cometido pelo mesmo. Sugerimos que a experienciação em novo regime seja prorrogado e posteriormente nova avaliação seja realizada.

 

                                                                  Sendo o que temos a apresentar, concluímos nosso relato nos colocando a disposição, reiterando votos de estima e consideração.

Elaborado por;

Psicóloga (2)

Assistente Social (2)

 

 Portanto iremos transcrever três trabalhos de pesquisa do referido assunto,   que  concluímos que inexistem um perfil singular de um estuprador, bem como nenhuma semelhança relevante  na  sua formação familiar, profissional, ou seja não há uma similaridade acentuada entre eles, apenas se assemelham no perfil psicopata como aponta as dissertações abaixo descrito:

 

 

PERFÍL DO ESTUPRADOR

 

1) Intenção: sua intenção é agredir, ferir e humilhar.

 

2) Causas que desencadeiam a ação de estupro: estresse, conflitos familiares, desemprego, imaturidade, além de distúrbios psíquicos e outros fatos que não justificam qualquer tipo de agressão. A lesão do lóbulo frontal (que parece estar mais relacionada com idosos) pode liberar a tara sexual, pois é ali que se localiza o comando racional que refreia o desejo sexual. Todas as pessoas têm desejos sexuais só que o controlam o que não acontece quando há essa lesão cerebral.

 

3) Desejo: seu desejo vai além de tratar a mulher como objeto de desejo sexual, mas ela é uma coisa que lhe pertence e com a qual ele pode fazer o que bem entender.

 

Abaixo segue um texto extraído do artigo Estupro provoca reações contraditórias, de Ana Calazans, publicado na página “Aqui Salvador” do jornal Correio da Bahia, em 3 de junho de 2000:

 

Perfil psicológico do estuprador:

 

O velho mito de que o estuprador é vitima de seus impulsos e incapaz de controlar sua sexualidade não se sustenta. De acordo com a casuística jurídica, o estuprador é, na maior parte das vezes, um cidadão bem integrado à sociedade e não é tido como pessoa violenta. As verdades sobre as motivações do ato talvez sejam tantas quantas sejam as sombras que habitam em cada homem, mas existem hipóteses que ajudam a formar um perfil psicológico mais ou menos consensual. Entre elas, a idéia de que o estuprador foi perseguido pela imagem de uma mãe dominadora, foi abusado na infância e de que normalmente é um homem conformista e conciliador que encontra poucas oportunidades de se impor socialmente. O estupro seria, segundo este raciocínio, uma espécie de confirmação de um sentimento íntimo de superioridade que não encontra vazão.

O fato de existirem muito poucos estudos de caso sob a ótica da psicologia pode explicar a manutenção de estereótipos. Com um trabalho único no país, o psicólogo José Aloísio Rezende, da Secretaria de Segurança do Estado de Sergipe, se dedica há cinco anos a desvendar os abismos inconscientes de estupradores confessos. Com uma casuística de 33 criminosos, o método de Aloísio consiste na aplicação inicial de uma bateria de testes para saber se eles têm inteligência normal.

O trabalho trouxe surpresas: "O nível de inteligência da maioria é normal ou acima do normal, sempre da média para a média superior", afirma. A convivência com estupradores fez com que Aloísio acumulasse não só certezas, mas dúvidas. "Não dá para saber com certeza o que leva homens a cometer este tipo de violência", avalia. Casos que analisou, como o do rapaz de 19 anos, casado e pai de um filho, que estuprou uma senhora de 84 anos contribuem para a sua perplexidade.

Algumas certezas. "O estereótipo do estuprador viril é um mito, a maioria pede para que a vítima faça felação para poder conseguir a ereção". Aloísio compartilha da idéia de que o estupro não é um ato sexual. "O homem não usa o pênis como um órgão de prazer, mas como veículo de poder e dominação", sustenta, acrescentando: "Alguns não se consideram agressores, mas agredidos". A experiência empírica do psicólogo desfaz estereótipos, como o de que o estuprador normalmente foi alguém que foi abusado na infância. "Isso não ocorre com a freqüência esperada".

Em sua prospecção diária, ele cataloga os mais variados motores e idiossincrasias para a violência. Alguns homens escolhem a mulher porque tem tatuagem, outros gostam de estuprar em frente a uma terceira pessoa, muitos se excitam com o pavor. Outro padrão: o estuprador e a vítima quase sempre mentem por conveniência e não demonstram sentimento de culpa. As conclusões de Aloísio casam com estudo da criminalista israelense Sarah Ben David. De 57 casos estudados por ela, apenas três estupradores demonstravam sentimento de culpa, eram também os únicos que enxergavam a vítima como uma pessoa. A "personificação" da vítima é apontada pelos psicólogos como um mecanismo de desarme da violência.