Notícia - Hackers: chegou o sexto poder?


PorEduardo Franco- Postado em 23 novembro 2011

 

A criação de uma rede social por um grupo de foras da lei 2.0 que têm no anonimato um dos seus maiores trunfos pode parecer uma contradição. Mas a Anon+ é na verdade mais um passo do ativismo hacker em sua escalada de confrontos com governos e grandes corporações. Depois da imprensa e dos blogs, ditos quarto e quinto poderes por causa do contraponto que exercem aos poderes republicanos constituídos, chegou a vez dos hackers, o “sexto poder”?

Até pouco tempo a ideia de gênios da computação metendo o bedelho em questões de política e poder estava um tanto limitada à imagem quase anedótica de hackers de olhos puxados e uniformizados digitando sem parar em alguma grande central secreta de ciberguerra localizada nos arredores de Pequim. O próprio Anonymous até há poucos anos era mais conhecido por suas pelejas contra a Igreja da Cientologia. O poder hacker ganhou impulso e expressividade política – e, logo, passou a incomodar mais – na sequência da prisão do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, e do cerco ao site que vazou documentos secretos sobre as guerra do Iraque e do Afeganistão e segue publicando despachos diplomáticos das representações consulares norte-americanas ao redor do mundo.

Por enquanto, o caráter político de organizações hackers como o Anonymous e o LulzSec não é algo consolidado. O fenômeno hacker se transformará em algo mais do que a anarquia das invasões .coms e .govs e da busca por fama e dinheiro, constituindo-se em força de enfrentamento coerente aos poderosos do mundo? Por enquanto o Pwnies, o “Oscar dos hackers”, vai apenas e simploriamente para quem causar mais prejuízo.

Notícia completa em: http://opiniaoenoticia.com.br/brasil/politica/hackers-chegou-o-sexto-poder

 

Comentário

Quando tomamos conhecimento de alguma notícia relacionada a hackers logo nos vem à nossa cabeça algo relacionado a crimes de roubos de senhas que acabam por lesar econômica e até moralmente cidadãos comuns. O que não se nota, porém, é que o meio eletrônico pode ser usado para fiscalizar o meio político e também fazer protestos contra desigualdades.

O grupo “Anonumous” pode ser equiparado ao famoso Robin Wood da literatura, distribuindo às massas aquilo que lhe de direito. O problema, porém, é classificar os crimes cometidos por esses hackers Robins Woods que surgem por aí. Que estes delinquentes da informática tem uma boa intenção não podemos negar, mas até aonde os fins justificam os meios? É essa a questão em discussão atualmente.

A legislação brasileira é tanto quanto leiga quando se trata de crimes de informática. Grande parte das punições se dão por analogia a outras leis, como, por exemplo, equiparar e-mail a uma carta, sendo sua leitura sem permissão tipificada no código penal. Porém, a situação está para mudar. Atualmente, há um projeto de lei de crimes cibernéticos, que tramita na Câmara dos Deputados, que visa  tipificar os crimes que são cometidos no mundo virtual, regulando esta anarquia generalizada em que nos encontramos. Porque se alguém tentar invadir uma casa, a pessoa poderá chamar a polícia, mas se alguém tentar invadir um computador ou um site, o prejudicado não poderá recorrer à polícia. Há necessidade de se colocar exatamente a vida do mundo virtual dentro do dia-a-dia da vida real.