Notícia - Grupo usa a internet para cobrar transparência


Pornathaly- Postado em 11 junho 2011

Notícia: Grupo usa a internet para cobrar transparência

segunda-feira, 16 de maio de 2011.

Foi realizado em Brasília, entre quarta e sexta-feira,  o seminário “Dados Abertos para a Democracia Digital”, evento internacional, promovido pelo governo federal. Tratava sobre formas de abrir seus dados ao público.

Paralelamente ao evento um grupo de hackers usava a internet aplicando na prática o prometido. Esse grupo, composto por aproximadamente 20 especialistas voluntários, congregados na organização “Transparência Hacker”, participaram de uma maratona paralela ao seminário, visando dentre outras coisas, facilitar a compreensão e o acompanhamento da tramitação de projetos no Congresso e expor as relações entre empresas e políticos. O grupo criou recentemente o site “otoridades.com.br”, como veículo para registro de denuncias de abuso de autoridade

Segundo Daniela Silva, uma das coordenadoras da entidade, a qual cerca de 500 pessoas estão ligadas, eles são “ativistas pela transparência, pelos dados abertos e por novas formas de fazer política”.

Existem outros projetos, na organização, em fase de implementação, um deles é o Cheque URL - um sistema que possibilitam inserir os links de notícias sobre as 700 maiores empresas do Brasil e verificar para quem elas fizeram doações em campanhas eleitorais.

Fonte:http://info.abril.com.br/noticias/internet/grupo-usa-internet-para-cobrar-transparencia-16052011-26.shl

 

Análise:

O aumento de invasões por hackers é progressivo, apesar de não ser possível quantificá-las, uma vez que as empresas muitas vezes omitem o ocorrido, para não escandalizar aos seus clientes a insegurança de seu sistema.

Ressalta-se, que na maioria das vezes os administradores  competentes para implementar uma política de segurança corporativa, não são capacitados a nível de prever os riscos inerentes a complexidade das relações e informações que interagem no sistema.

Dá mesma forma ocorre com o governo, o qual, ao utilizar ferramentas de compartilhamento de dados com outras empresas fornecedoras, como as participantes de licitação, ao interagirem ficam sujeitos as intercepções de hackers, vírus, dentre outros problemas previsíveis.

Assim como as empresas que omitem o problema para não piorar sua imagem, o governo fica na mesma situação ao ter seus dados violados, uma vez que nada se fez além do prometido pelo próprio governo, manifestado no tema do seminário.

O caso analisado trata-se de um acesso não autorizado, uma vez que coletam informações de terceiros ao interceptar transmissões; e de monitoramento por um hacker que acompanha informações “confidenciais”.

De certa forma, esse tipo de interceptação serve de feedback ao governo brasileiro, para que tenha mais cuidado e atenção com as informações do Estado, principalmente no que diz respeito a possibilidade de outros Estados infiltrarem-se e alcançarem informações sigilosas. Pois dessa vez, o sistema foi violado por uma causa nobre, mas nem sempre assim o será.

Já existem muitas ferramentas hábeis para dificultar ou até mesmo evitar a penetração de hackers, mas isso requer um mínimo de aperfeiçoamento no manuseio da técnica disponibilizada, assim como uma mudança na forma de trabalho e não de novas tecnologias.