Notícia - Funcionários pedem redes sociais no trabalho. O que fazer?


PorLouise Lersch- Postado em 22 abril 2012

Localização

Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis
Brasil

Executivos de TI buscam atender à demanda para utilizar as mídias sociais como ferramenta corporativa, inserindo a tecnologia na estratégia.

Mais e mais profissionais elegem suas ferramentas favoritas de redes sociais para usar no ambiente corporativo como forma de ampliar a produtividade. Os executivos de TI não têm outra escolha: eles precisam encontrar, rapidamente, formas de gerir esse universo. 

O número de usuários de redes sociais é enorme e continua crescendo. O Facebook reúne 850 milhões de usuários em todo o mundo; o Twitter afirma contar com mais de 140 milhões de usuários ativos, e a Google aponta que em janeiro a rede social, o Google +, alcançou 90 milhões de pessoas menos de um ano depois do seu lançamento.

Nos últimos anos, os funcionários têm cada vez mais utilizado ferramentas como microblogs, como o Twitter, para se comunicar com colegas e parceiros de negócios, ou o Facebook e o Foursquare para manter os colegas atualizados sobre o seu paradeiro durante viagens de negócios.

"Há uma experiência social que está acontecendo na vida pessoal e que será refletida na forma como as pessoas trabalham", observa Peter Hirst, diretor-executivo de educação executiva do MIT Sloan School of Management. Para endereçar essas questões, a instituição de ensino, localizada nos Estados Unidos, lançou um programa-piloto de colaboração que utiliza a plataforma Engage AvayaLive da Avaya.

Outros executivos de TI também têm tomado conhecimento da tendência, e muitos estão trabalhando duro para encontrar e implementar formas de controlar a tecnologia e como ela é usada.

"É muito difícil para nós administrar a evolução da tecnologia", afirma David Nettles, diretor de arquitetura de TI e conformidade da Rayonier, empresa de produtos florestais baseada na Flórida.

"No começo, nós dizemos ‘você não pode enviar mensagens no Facebook, enquanto está no trabalho’ e eles simplesmente usam o smartphone para fazê-lo", diz Nettles. "Pensar que é possível detê-los é um pouco ingênuo.”

Nettles conta que a Rayonier está aplicando gradualmente um plano de colaboração corporativa social, preparando o terreno para redes sociais, com o Microsoft SharePoint e o Google Apps, baseado em nuvem.

Analistas do mercado observam que qualquer estratégia relacionada a redes sociais corporativas deve incluir suporte para dispositivos móveis, e os tradicionais sistemas desktop e laptop.

"Nosso trabalho é proporcionar o acesso a informações e recursos mais rapidamente", afirma Angela Yochem, diretora de tecnologia da empresa farmacêutica AstraZeneca. "Se isso significa fornecer acesso à comunicação por meio de dispositivos móveis de qualquer tipo ou um desktop ou laptop, queremos ser capazes de fornecer."

Angela acrescenta que ela descobriu que os usuários tendem a ficar frustrados se não puderem usar suas redes sociais, quando e como quiserem.

Dan Olds, analista no Gabriel Consulting Group, observa que o movimento para uso corporativo de ferramentas de redes sociais é simplesmente mais um passo no processo de adoção da tecnologia. "É preciso responder, fornecendo as ferramentas que os negócios necessitam para fomentar a colaboração desejada", assinala.

Olds explica que antes da adoção generalizada de ferramentas de redes sociais por funcionários novos ou veteranos] os gerentes de TI foram desafiados a criar planos de colaboração. Hoje, prossegue Olds, “a tarefa é um pouco mais fácil porque as pessoas de negócios podem agora dizer que precisam de um recurso específico como Twitter, Facebook e Google+”, completa.

Sharon Gaudin, da Computerworld (USA)

Publicada em 20 de abril de 2012 às 09h05

 

Reflexão Crítica:

As redes sociais tornaram-se essenciais e indispensáveis para muitas pessoas; uma parte do cotidiano que as interliga. Nessa sociedade da informação, surge uma necessidade de estar sempre conectado com o resto do mundo, mesmo no âmbito do trabalho. O mercado de trabalho não possui mais o controle sobre essa situação, o questionamento sobre a liberação das redes sociais serem prejudiciais ou não na produtividade do trabalhador está se tornando inútil e ultrapassado, afinal, o acesso se torna cada vez mais prático. Não sendo mais produtivo questionar-se sobre a proibição do inevitável, surgiu uma nova pergunta: como adaptar-se a esses avanços da tecnologia?

O mercado de trabalho tem que fluir junto com as demandas da sociedade e suas transformações. Muito mais importante do que tentar impedir, é tentar se adaptar e não tornar essas mudanças um fator negativo. As redes sociais hoje fazem parte da vida das pessoas, existindo muitos casos de contratação no qual se analisa a pagina do contratado nas redes sociais, como também casos em que se divulga oferta de trabalho, possibilitando maior difusão entre trabalhadores; e assim como facilita a descoberta de novas ofertas de emprego, facilita o envio de currículo, aumentando do leque de possibilidades para os dois lados. Concluis-se, então, que o mercado de trabalho se moldar e se adaptar a essa sociedade da informação é necessário e quando isso ocorrer adequadamente, será benéfico para os dois lados.