Notícia: Falta de segurança na internet causa prejuízos a usuários e provedores


PorEduardo Franco- Postado em 12 outubro 2011

A falta de segurança na Internet é uma constante preocupação dos provedores de acesso e de seus usuários, considerando os prejuízos causados pela vulnerabilidade. Vírus e invasores, conhecidos como hackers, são os principais motivadores de prejuízos na rede.

 De acordo com o professor do Curso de Sistemas de Informação da Facisa, Pierre Araújo, a invasão a uma página na internet, apesar de causar inúmeros prejuízos, não é tão difícil. Ele explica que o servidor de um provedor pode ser invadido através de falhas encontradas por quem promove os ataques e, nos computadores pessoais, é possível encontrar portas TCP/IP (identificação dos computadores em relação à Internet) abertas, o que permite a entrada de um usuário mais experiente, ou mesmo de uma empresa que desenvolva seu negócio na rede, com base na invasão de privacidade. “É de vital importância que os usuários saibam o que esses provedores vêm fazendo ou não para protegê-los destes problemas.”, diagnosticou o professor.

 O empresário do ramo de manutenção e vendas de computadores, Nevoaldo Inácio, já foi vítima de hackers no ano de 2007. Ele afirmou que sempre utilizava a internet nas transações bancárias, pela agilidade e por causa do tempo. Mas, durante uma dessas transações realizadas pela Internet, sua senha foi roubada e todo o dinheiro que tinha na conta foi sacado, restando apenas R$ 17,00 reais.

 Nevoaldo só percebeu a ação quando foi fazer compras no supermercado e precisou sacar o dinheiro, foi então que tomou ciência que havia sido lesado. Posteriormente, a vítima registrou uma Ocorrência na delegacia, a fim de apresentá-la ao banco. Depois de constatado realmente a fraude, o banco ressarciu o dinheiro. Hoje, o técnico não realiza nenhum tipo de transação bancária pela internet devido à falta de segurança de informações

nesse meio. “Aqui no shopping, duas pessoas há pouco tempo foram lesadas também. Eu não utilizo mais o serviço bancário online, pois não oferece segurança.”, afirmou.

 O programa de informática “cavalo de tróia”, conhecido como espião, e o phishing-scam (cartões eletrônicos) são as ferramentas mais usadas por quadrilhas para ter acesso aos dados bancários e realizar transações de transferências.

 Disponível na integra em: http://www.snn.com.br/noticia/24866/7

 

O caso do empresário relatado na notícia não é um caso isolado e está longe de ser algo incomum. Com a popularização de compras via internet, acessos a sistemas de internet bankings e afins, as trocas de dados sigilosos aumentou, e com isso o interesse de pessoas mal intencionadas em obtê-las.

A maioria dos usuários de internet têm consciência do uso de antivírus, antispyware e firewall, o que não se leva em consideração, porém, é a qualidade de tais softwares. No Brasil, a utilização de softwares falsificados não é rara, e infelizmente, trás consequências maiores que os danos às companhias. No ano de 2010, o prejuízo aos fabricantes de software causado pela pirataria em geral no Brasil foi de 2,62 bilhões de dólares.  O resultado disto vai além, são usuários utilizando de programas inseguros, pois softwares pirateados normalmente não estão aptos às habituais atualizações e, consequentemente, tornam-se atrasados e inseguros em pouco tempo. O mais curioso, ou melhor, paradoxal nisto, são usuários fraudando os produtos das empresas com intuito de evitarem problemas para si mesmos.

A negligência entre os usuários é outro problema. Tomemos como exemplo os certificados digitais. Os softwares de navegação, normalmente, avisam quando se deparam com uma página sem identificação; muitos usuários, porém, ignoram tais avisos e são estes que, fazem histórias como a do caso acima se multiplicarem. Na maioria de casos de vazamento de informações entre transações, por exemplo, ocorre por culpa do usuário, descuidado com suas informações.

Conclui-se, então, que, na maioria dos casos, os usuários têm uma parcela de culpa. Porém, não são estes que devem ser responsabilizados. A responsabilidade cabe aos mal-intencionados da rede. Porém, Cabe ao usuário, garantir sua própria segurança, seja usando softwares seguros ou ainda, sendo consciente ao passar suas informações por meio da internet, pois mesmo com uma boa política de controle dos hackers e demais usuários com más intenções, a rede não se tornará um lugar 100% seguro.

Bibliografia: http://www.tecmundo.com.br/pirataria/12780-brasil-e-o-5o-maior-em-pirata...