A mente corpórea - seminário 4


Porpcoliveira- Postado em 17 abril 2012

MENTES EM SELF
• Os cérebros são sistemas altamente cooperativos.
• Entretanto, não são redes uniformemente estruturadas.
• São compostos por inúmeras redes que estão ligadas de diversas maneiras.
• Em vez de procurar grandes modelos unificados para TODOS os comportamentos de rede, deve-se estudar redes cujas capacidades sejam limitadas a capacidades cognitivas específicas.
• Em seguida deve-se procurar modos de ligar essas redes.
• O capítulo busca fornecer um ponto de entrada natural para a fase seguinte do diálogo entre a
ciência cognitiva e a abordagem da atenção/conscientização à experiência humana.

 

SOCIEDADES DA MENTE
• Proposta de Marvin Minsky e Seymour Papert:
• Mente como sociedade (Society of Mind - 1985)
• Combina insights da psicologia do desenvolvimento da criança e experiências com Inteligência Artificial.
• A inteligência não é um produto de um mecanismo singular.
• Se origina da interação entre uma grande variedade de agentes.
• Esses agentes são muito diversos e são necessários pois tarefas diferentes requerem mecanismos
fundamentalmente diferentes.
• A psicologia se transforma em uma busca por mecanismos que a mente poderia utilizar para gerenciar a interação entre esses elementos.
• “As ciências da computação dizem respeito à complexidade, e nós somos as coisas mais complexas deste mundo”.

 

A SOCIEDADE DAS RELAÇÕES DE OBJETO
• Proposta de Farbairn (1889-1964):
• Teoria das relações de objeto
• Introduzida no movimento psicanalítico em oposição à teoria da sexualidade como base da constituição psíquica.
• Compreende uma mudança radical na concepção psicanalítica dos sujeitos.
• Expressa o abandono da PULSIONALIDADE.
• Busca a apreensão e compreensão dos sujeitos como personalidade, isto é, ALGO SUBSTANCIALMENTE
ESTRUTURADO.
• Concepção do objeto na sua relação como sujeito (ou viceversa).
• Objetos maus x objetos bons.
• Propõe uma psicologia da estrutura dinâmica, porém compreende visão limitada para os objetivos deste livro.

 

SURGIMENTO DO CO-DEPENDENTE
• Estrutura circular dos padrões habituais, a cadeia de ligação, em que constitui o padrão da vida humana
como uma busca circular interminável no sentido de ancorar a experiência num self fixo e permanente.
• Este circulo é também conhecido como Roda da Vida ou Roda do Karma.
• Karma constitui uma descrição de causalidade psicológica – de como os hábitos se formam e
continuam ao longo do tempo.

 

RODA DA VIDA = RODA DO KARMA
• 1 - Ignorância
• 2 - Ação Volitiva
• 3 - Consciência
• 4 - Complexo
psicofísico
• 5 - Os seis sentidos
• 6 - Contato
• 7 - Sentimento
• 8 - Anseio
• 9 - Apego
• 10 - Transformação
• 11 - Nascimento
• 12 - Decadência e morte

 

ANÁLISE DOS ELEMENTOS BÁSICOS
• Um modelo de consciência é analisado como sujeito, objeto e fatores mentais que ligam entre si.
• O termo para o elemento básico em sâncrito é dharma.
• contexto psicológico é “fenômeno”;
• sentido mais técnico - último particular, partícula, ou elemento;
• contexto básico - momentos de experiência.

 

ANÁLISE DOS ELEMENTOS BÁSICOS
• A experiência, ou aquilo que o fenomenologista designa por mundo da vida, pode ser analisada através de um
conjunto de elementos.
• Na análise dos elementos básicos cada elemento, cada momento de consciência, consiste na própria
consciência (mente primária), e nos seus fatores mentais.
• Os fatores mentais (momentâneos) são os que ligam o objeto.
• A qualidade específica de cada momento de consciência e os seus efeitos kármicos em momentos
futuros dependem de quais fatores mentais presentes.

 

FATORES MENTAIS
• Contato
• Sentimento
• Discernimento
• Intenção
• Concentração
• Esses elementos reunidos com vários fatores de avaliação do objeto e fatores variáveis produzem o caráter de cada momento.

 

ATENÇÃO E LIBERDADE
• Experiência atenta e ilimitada:
• que inclui as alterações da mente dos analisadores a medida que prossegem a sua analise.
• Interromper padrões:
• a atenção conduz os praticantes da atenção/consciencializada a interromper padrões automáticos do comportamento condicionado e a
um aumento da capacidade de ser atento na direção da consciencialização que começa a
penetrar a ignorância enraizada.

 

ATENÇÃO E LIBERDADE
• Mente presente no mundo:
• O objetivo não é evitar a ação mas sim estar-se totalmente presente nas nossas ações, de modo a
que o comportamento de cada um se torne progressivamente mais responsável e consciencializado.
• Liberdade:
• Em uma visão co-dependente não é fazer aquilo que se quer, e sim ser capaz de agir de uma forma
aberta que não seja condicionada pelo apego e volições egoístas. A verdadeira liberdade não vem
das decisões da vontade de um ego-self, mas sim da ação sem qualquer self.

 

MENTES SEM SELF; AGENTES DIVIDIDOS
• Consciência X Intencionalidade
• Análise disciplinada X Experiência humana
• Ciência X Experiência humana
• A base real da ciência cognitiva contemporânea de representar um self é o apego individual em busca de um
ego-self, porque a mente condicionada do dia a dia se encontra cheia de apegos em crenças fixas. Na tradição
de um exame atento a falta de um ego-self não pode ser entendido como uma perda que precisa ser suplementada
por uma nova crença ou diálogo interior, mas pelo contrário, trata-se do início de um sentimento de liberdade
das crenças fixas, uma vez que faz surgir a abertura e o espaço no qual uma transformação daquilo que o sujeito
é, ou poderia ser, se tornar possível.

 

MÉTODO DISCIPLINADO DE EXAME E
INCLUSÃO DA EXPERIÊNCIA HUMANA NA
CIÊNCIA COGNITIVA
• A falta de um método disciplinado de exame e inclusão da experiência humana é a questão que nos tem acompanhado
desde o início: a ciência cognitiva oferecenos uma descoberta puramente teórica, que permanece remota da experiência
humana real.

 

 

 

AnexoTamanho
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