A INTERNET NÃO GOSTA DE MULHERES? GÊNERO, SEXUALIDADE, e VIOLÊNCIA NOS DEBATES SOBRE “PORNOGRAFIA DE VINGANÇA


Porjuliawildner- Postado em 17 setembro 2015

Autora: Beatriz Accioly Lins

RESUMO Esse artigo se propõe a iniciar uma reflexão sobre as discussões acerca da “pornografia de vingança”2 : nomenclatura que vem sido utilizada por militantes feministas, em notícias veiculadas pela mídia e em iniciativas legislativas levadas ao Congresso Nacional para se referir à divulgação indevida, geralmente através da internet, de conteúdos íntimos (fotografias, vídeos ou conversas) contendo nudez e/ou sexo. Proponho acompanhar de que maneira a categoria vem sido definida nos diferentes contextos em que é mobilizada; esmiuçando as disputas simbólicas em jogo em sua construção e nas tentativas de transformá-la em faceta daviolência contra as mulheres e em tipificação criminal contemplada pela Lei Maria da Penha. Trata-se, nesse sentido, de entender os debates sobre “pornografia de vingança” como articuladores dos “limites da sexualidade” (Gregori, 2008), que envolvem ampliação e restrição de normatividades sexuais, definindo fronteiras entre abusivo e desejado, e articulando convenções e normas de gênero e sexualidade. Pretendo também refletir sobre as consequências e limites das aproximações desses cenários com a normativa da Lei Maria da Penha e as definições de violência doméstica e familiar contra mulheres.

Palavras-chave: violência; gênero; sexualidade; internet; pornografia de vingança.

Fonte: http://eventos.livera.com.br/trabalho/98-1020264_20_06_2015_19-38-29_3450.PDF

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