Gilania e História


Porgeovana- Postado em 27 abril 2011

 

A história tradicional explica sua evolução como uma constante busca de poder, com marcos em eventos, datas e herois. Uma outra forma de entender a história é desvendada por Eisler no livro o Cálice e a Espada. Historiadores inovadores como Ilya Prigogine, Isabel Stengers, Edward Lorenz e Ralph Abraham suportam a ideia que a história transcorre em movimentos cíclicos, em oscilações que provocam bifurcações, podendo o sistema optar por mais de um futuro possível. As flutuações ocorrem entre períodos de maior criatividade, paz, em que as mulheres possuem mais acessos a uma vida plena e períodos de guerras, autoritarismo, repressão e pouco desenvolvimento humano. Os modelos de parceira e modelos de dominação se alternam na história. Esses padrões retratam uma evolução cultural, uma mudança sutil, que segue indutores, magnetos,   de puntiformes a caóticos, caracterizam a dinâmica do processo de mudança, de oscilatórios, cíclicos  a estados de desequilíbrio. As flutuações ocorrem em uma pequena parte do sistema, e pode se expandir e provocar um novo funcionamento ou se estabilizar, são as bifurcações.  Essa teoria da transformação cultural compreende que osperíodos variam entre gilânicos a androcráticos, períodos femininos, criativos de parceria, a períodos marculinos, autoritários. O cálice e a espada. A autora ressalta que  orientaçao original de nossa espécie se deu em período gilânico, de parceria, que teve o ápice na cultura cretense, portanto o modelo gilâncio permanece latente, como a planta que se recusa a morrer..

 

O feminino como força na história

A história como movimento dialético foi explicado por diversos autores (Marx, Engels), mas excluiam a dinâmica feminino e masculino. Autores mais inovadores afirmam que sem compreender o movimento dos sexos a história não passa de mero pedantismo. (Rattray Taylor) .A oscilação entre sociedades patriarcais e matristas, sociedades autoritárias e sociedades sexualmente mais permissivas e qeu valorizam a mulher, explica as diferentes fases históricas por seus símbolos, sua cultura, seu espírito. A autora define o matrismo  períodos consistem caracteristicamente de intervalos demaior criatividade, menor repressão social e sexual, maior individualismo e reforma social.Inversamente, em períodos patristas, a depreciação da mulher e da feminilidade é maispronunciada. Esses períodos, em que valores de identificação paterna, ou "masculinos", estão mais uma vez em ascensão, são mais repressores social e sexualmente, dedicando menor ênfase às artescriativas e reforma social. Afirma ainda, que o período medieval de caça as bruxas representou a repressão da Igreja androcrática contra a força do feminino, da gilania, remanescente na sabedoria das mulheres.

 

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