Crimes de informática - Breve ensaio - Hacker é preso após comprar mansão e abrir 3 lojas.


PorDan Daniel- Postado em 26 novembro 2011

 

Comentário sobre fato descrito abaixo: 

O crime descrito abaixo seria o considerado "Crime Comum de Informática", onde, de acordo com o texto "http://moodle.ufsc.br/mod/resource/view.php?id=174434" trata de crime descrito como furto usando como meio um computador e uma rede.

Alguns elementos desse caso concreto intrigam-me.

O primeiro é o fato de estar o criminoso encarcerado na mesma dependência dos demais tipos criminais. Numa penitenciária feita para reclusos. Esse é o tipo de indivíduo que influencia outros. Dessa forma, deve ser tratado diferenciadamente.

O segundo é a facilidade com que um indivíduo assim executa atos, tanto como pessoa física, quanto como pessoa jurídica, só causando suspeitas quando se aproxima de grandes centros urbanos. Não estivesse ele usando redes displicentemente, nunca seria pego.

Furtar um banco, por fim, tornou-se muito mais difícil a partir da metade da primeira década do século XXI. Houve uma mudança do eixo criminoso, que antes era de hackers especializados em invadir usando artifícios de programação, para o que hoje é a trapaça de pessoal interno, vendendo informação para as quadrilhas ou participando diretamente.

O que mais me encomoda, entretanto, é a força que adquire a polícia judiciária frente a crimes de moda, enquanto crimes de colarinho branco têm sua atenção facilmente desviada.

Veja abaixo a notícia.

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Hacker conhecido por invadir sistemas de bancos em 1999 é preso na Grande Florianópolis

Ele era foragido da penitenciária e foi encontrado em uma lan house em Palhoça

Foi preso na quinta-feira o homem que foi o primeiro hacker a invadir a rede de internet de agências bancárias no Sul do país. Ele era foragido da penitenciária da Capital e foi preso em uma lan house, em um shopping de Palhoça, na Grande Florianópolis.
 
Em 1999, Rodines Miranda Perez desviou dinheiro de 14 bancos na região de Blumenau. Segundo a polícia, ele teria lucrado mais de R$ 10 milhões com a manobra. 

Perez fugiu da penitenciária e hoje tem três lojas, uma construtora e uma mansão na Grande Florianópolis. A polícia acredita que os bens sejam de origem ilícita, considerando que ele vem de uma família humilde no Vale do Itajaí.

 
Fonte: <http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Geral&newsID=a3574684.xml>