Continuam as Mudanças Internacionais de ver o E-GOV


Poredson- Postado em 08 agosto 2010

Falar sobre governo eletrônico parece fácil, à primeira vista, mas com os significativos avanços das tecnologias da informação e comunicação (TICs) faz com que a velocidade da teoria não consiga alcançar a evolução tecnológica. A cada momento surgem novas ferramentas que são incorporadas às rotinas diárias de vários cidadãos, mas utilizar essas novas formas de interagir com o governo via web não é tão simples. Não faz muito tempo que a caracterização do governo eletrônico utilizada  era G2G, G2B e G2C, que se prefere a governo para governo, governo para negócio e governo para cidadão respectivamente (ZIMATH, 2003), já não atende os anseios de instituições internacionais. Estes organismos acreditam que seja necessário utilizar outros meios para atingir a sociedade fazendo com que as pessoas sejam protagonistas na condução das políticas públicas. 

A e-Administração, o e-Negócios e o e-Serviços deixam de ser o foco e dão lugar a outras formas de interação para o governo eletrônico. Segundo os relatórios da ONU , que já foi edita do anos de 2003, 2004, 2005 e 2008. Neste último o Brasil teve uma queda no ranking mundial de governo eletrônico devido ao fato de continuar a utilizar as “antigas” formas de interação (Survey E-Gov 2008). O relatório aponta que o Brasil encontra-se em 45º lugar em 2008, perdendo 12 posições em relação a 2005. Uma da causas é a mudança da metodologia de análise que passou a se pautar em cima de novas variáveis. Aponta a e-Participação, e-Cidadania e a e-Democrasia como formas mais eficientes dos governos procurarem interagir com os cidadãos e empresas para alcança um nível de consciência que fará com que sejam repensadas as formas usuais de agir em problemas econômicos, políticos e sociais, fazendo com que surjam meios alternativos de solucioná-los.

Entretanto, o avanço no processo sem que seja implantada a primeira fase, por assim dizer, do governo eletrônico de base, pode fazer com que pulemos uma das fases importante para mobilizar ou acostumar o cidadão a participar gradativamente do processo de utilização das TICs. Afinal até o próprio governo relutou por algum tempo. Assim, acredito ser importante não ocorrer a exclusão de fases deste processo para que não cause prejuízos que venham a fragilizar todo o processo de governo eletrônico que tem ganhado muito terreno nos últimos tempos. Na verdade muitas iniciativas vêm sendo desenvolvidas, mas nos projetos desenvolvidos não há denominação de e-gov. Recentemente, março de 2010, saiu outro relatório de 2010 (Survey E-Gov 2010) que avalia o e-Gov no mundo. O relatório aponta no Brasil o site da Câmara dos Deputados  como o exemplo brasileiro de fazer o cidadão participar ativamente das decisões do país. Isto devido ao fato do site ter um canal de participação no qual o cidadão pode enviar projeto de lei ou comentar matérias da casa legislativa.