COMPLEXIDADE, CRISE, VISÃO SISTEMICA – FILME: A CORPORAÇÃO


PorAnônimo- Postado em 10 maio 2010


É bastante desconfortável o despertar da consciência para a realidade de que as corporações tornaram-se monstros que, criadas pelo homem, dominam o seu criador com uma personalidade psicopata e destrutiva. Pois, consideradas como “pessoas”, acabam por dominar o comportamento do homem, instigando-o a adotar valores que levam o homem a buscar o TER como pondo de afirmação de sua identidade, em detrimento do SER.

Em realidade a corporação em si não é um mal. É a ganância do homem, suas ambições desmedidas e a ausência do AMAR que o transformaram em um monstro que agora ameaça a existência da espécie humana pelos danos que ele causa a biosfera. Na essência, a corporação é um reflexo das personalidades humanas, traduzindo os seus desejos e seus impulsos para a personalidade da corporação. Conclui-se disso que coletivamente, o ser humano é um psicopata auto-destrutivo, em que pese que individualmente existam seres humanos psiquicamente saudáveis.

No filme é colocada a questão de que nunca fazemos uma reflexão sobre o papel das corporações, ainda que muitas vezes trabalhemos em uma delas. Não paramos para pensar nas influencias que ela produz em toda a cadeia alimentar por meio dos tratamentos artificiais no setor de produção agrícola e pecuária. Nós não refletimos em paradoxos no nosso viver cotidiano, tais como trabalhar para uma corporação de armas letais, e nos indignarmos perante nossos entes queridos morrerem de doenças dos mais diversos tipos. Não fazemos as correlações de nosso comportamento como consumidores e o decorrente fortalecimento de atitudes prejudiciais das corporações. É a ausência da visão sistêmica, do pensamento de que todos nós somos, em menor ou maior grau, os responsáveis pela situação da crise planetária. É preciso ir além do ditado pensar globalmente e agir localmente. Precisamos pensar coletivamente e agir individualmente. É preciso que cada um de nós busquemos e encontremos o viver no Caminho do Amar, transformando-nos primeiro a nós mesmos, e a partir de nós, irradiar uma dinâmica que contagie e leve os outros a transformação. Está na mão de cada um o destino da humanidade.