Cocaína crack, Adolescente, Família, Institucionalização, Vulnerabilidade social


PorRoger Lamin- Postado em 20 agosto 2018

Autores: 
Nilson do Rosário Costa
Paulo Roberto Fagundes da Silva

Resumo

O trabalho analisa a utilização de medicamentos psicoativos por adolescentes infratores
em unidades socioeducativas (USES) no Brasil.
Descreve as diretrizes da política pública nacional
e a qualidade da coordenação da atenção em saú-
de mental pelos governos subnacionais. O artigo
tem como hipótese que a governança verticalizada
da USES está associada à utilização de medica-
ção psicoativa. O modelo da pesquisa foi estudo
comparado dos casos do Rio Grande do Sul (RS) e
Minas Gerais. Os dados resultaram da coleta em
prontuários e entrevistas com informantes-chave.
O artigo demonstra que a governança vertical observada no RS está associada à alta prevalência de
diagnósticos de transtorno mental, uso de medicamentos psicoativos e de medicalização psiquiá-
trica pelos adolescentes privados de liberdade. As
evidências revelam que as sanções de privação de
liberdade por atos infracionais produzem decisões
de medicalização que ameaçam o direito dos adolescentes no campo da saúde. As diretrizes da polí-
tica nacional incentivam escolhas mais cautelosas.
As psicoterapias e as ações de reabilitação são as
intervenções de primeira linha defendidas. O manejo pouco cuidadoso da intervenção psicofarmacológica favorece a múltiplas prescrições
.
 

Palavras-chave Adolescentes em conflito com a
lei, Atenção em saúde mental, Medicamento psicoativo, Governança, Unidade socioeducativa

AnexoTamanho
atencao_a_saude_de_pessoas_privadas_de_liberdade.pdf483.31 KB