Ciberespaço


PorAnônimo- Postado em 11 novembro 2009

Comunicar é mais importante do que os fatos comunicados (ATEM, 2008).
A verdade da nossa época se traduz na frase de John Naisbett: “[...] estamos afogados em informação, mas morrendo de fome por conhecimento”.

Esse tema incorporou parte da discussão da nossa aula de hoje, onde o Prof. Orides palestrou sobre os conceitos do ciberespaço, tido como o local das informações em trânsito, sua influência nos processos democráticos e no comportamento dos cidadãos.

Cada vez mais as pessoas estão cercadas pelas redes e de uma maneira ou de outra, acabam sendo afetados por ela. Com a popularização da internet, uma explosão de portais apareceu e os indivíduos ficaram cada vez mais cercados pela tecnologia. Não demorou para que as pessoas começassem a se perderem em meio a tanta informação, sem saber o que fazer nem como agir diante de tanto conteúdo.
Saber o que é importante e como filtrar o que é de valor pra si, faz parte do senso crítico de cada um. A própria participação do indivíduo dentro do ciberespaço está vinculado ao senso crítico. A isso, o Prof. figura o "homem concreto", da filosofia, aquele que sabe seus direitos e suas obrigações, sabe até onde pode ir sem prejudicar o outro.
Tivemos, num segundo momento, a palestra do Prof. Cella, que falou sobre o uso da tecnologia e de agentes inteligentes no processo de negociação de contratos de massa.
Hoje, todos os contratantes têm que cumprir as mesmas cláusulas e regras perante um contrato. A idéia é incorporar os benefícios que a rede pode trazer (oferecer histórico de bons pagadores, bons antecedentes, preferências, etc) no processo de negociação de contratos de consumo personalizados. O próprio cidadão poderia "negociar" com o sistema suas condições contratuais, mediante a características peculiares do mesmo.
Acredito que essa aplicação é interessante no sentido em que aproveita as vantagens que a rede e o sistema podem oferecer em cruzar informações pessoais do cidadão e criar um perfil de "bom comprador", por exemplo. O ponto negativo que vejo em "tratar com a máquina" é que pessoalmente sempre existe a possibilidade de se fazer uma pressão maior para conseguir um bom desconto. Penso que nesse ponto, a máquina estaria limitada ao que foi programado, não podendo dar respostas muito diferentes daquilo.
ATEM, Guilherme Nery. Semiocapitalismo e mídia na modulação das afecções: de McLuhan a Todd Gitlin. Revista Rumores, São Paulo, v. 1, n. 2, jan-jul 2008