AGRESSÃO FÍSICA E GÊNERO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO


PorRoger Lamin- Postado em 16 novembro 2017

Autores: 
Alba Zaluar

RESUMO

   Em 2005-2006, o Nupevi – Núcleo de Pesquisa das Violências realizou um inquérito domiciliar de vitimização cujo universo foi a população de 15 anos e mais na cidade do Rio de Janeiro. Foram aplicados 3.435 questionários aleatoriamente em 200 setores censitários, 20 domicílios em cada setor e uma pessoa de 15 anos ou mais em cada domicílio, ou seja, a amostra foi aleatória em três estágios. Em 2007, repetiu-se o mesmo instrumento em favelas da cidade, contando 660 pessoas entrevistadas. Nas duas, procurou-se manter uma fração de amostragem de aproximadamente 1/1500. A pesquisa de vitimização permite conhecer a freqüência, a natureza e as circunstâncias de crimes e agressões que vitimam pessoas, pois nem sempre são registrados na polícia por diferentes razões. Portanto, esse tipo de estudo é fundamental para aferir o problema da cifra oculta da criminalidade, ou seja, a subestimação do risco. Ao mesmo tempo, permite analisar os perfis das vítimas e de seus agressores, o relacionamento entre eles e as circunstâncias nas quais os crimes ocorreram. Por fim, recolhem-se dados sistemáticos sobre a experiência das vítimas com o sistema policial e de atendimento hospitalar de emergência, assim como as diversas medidas tomadas pelas pessoas para se precaver dos delitos ou reagir a eles. É também instrumento fundamental para se entender por que as pessoas procuram ou não a polícia em face de cada um dos crimes sofridos por elas. A partir dos seus bancos de dados é possível descobrir padrões passíveis de novas explicações e encontrar soluções aplicáveis em políticas públicas.

PALAVRAS-CHAVES:  GÊNERO, DIREITO, RIO DE JANEIRO

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