A Última Hora - Sustentabilidade


PorMarcielJunckes- Postado em 05 abril 2012

 

            O filme “A Última Hora”, de Leonardo DiCaprio, descreve o modo como a humanidade chegou até a fase atual deste planeta: como vivemos, o impacto gerado, e o que podemos fazer para mudar o futuro. Nos mostra a realidade do que esta acontecendo com o meio ambiente, suas mudanças e tragédias causadas pela busca desenfreada de recursos naturais pelo ser humano para satisfazer nosso consumismo desenfreado. Nós seres humanos somos o principal, e talvez o único, causador da destruição da natureza.

            Cientistas, especialistas e estudiosos em diversas áreas chamam a atenção  do público para as mudanças que o planeta está sofrendo devido a ação do homem, e nos colocam de frente com uma realidade que tentamos  ignorar diariamente, e que por isso, continuamos agindo como se nada estivesse acontecendo. Num dos depoimentos do filme, uma revelação alarmante: o mundo não vai acabar, quem vai terminar é o ser humano, "O meio ambiente irá sobreviver. Nós é que corremos o risco de não sobreviver ou podemos viver num mundo em que não queremos viver".

Até que ponto somos responsáveis pelo planeta? O problema é a nossa mentalidade, é preciso ter uma transformação cultural. É preciso ter consciência sobre a crise da terra. Está claro que a raça humana causou mudanças devastadoras para a terra. Se nós, seres humanos, somos a base do problema, então precisamos usar nosso conhecimento para a mudança e tornar a terra em algo sustentável.

Exemplos de sustentabilidade estão a nossa frente todos os dias: porque consumir-se hectares de terras para plantações, cujo único propósito é alimentar o gado para o abate, numa proporção desigual entre área plantada para cada quilograma de carne produzida, se podemos investir em tecnologia de alimentos à base vegetal e ricos em fibras e proteínas, produzindo muito mais por área plantada com menor impacto natural? Porque esta guerra desenfreada pelos combustíveis fósseis e não renováveis, se já temos tecnologia para produzir veículos movidos à energia solar, hidrogênio e biocombustíveis? Porque não substituir gradativamente os polímeros obtidos do petróleo pelos biopolímeros, à base de vegetais como a cana de açúcar?    

O maior desafio, colocado pelo filme, a ser vencido é a mentalidade, a cultura consumista atual. É necessária uma reavaliação e a quebra de paradigmas.  E uma quebra de paradigma representa, às vezes, uma perda. Adotar os paradigmas vigentes e não se preocupar em reformulá-los poupa as pessoas do árduo exercício de pensar. Porém, nós precisamos nos dar conta de que justamente desta reavaliação e posterior abandono do paradigma consumista sob o qual nós seguimos vivendo é que depende a vida humana na Terra. Ao não privilegiarmos o desenvolvimento sustentável estaremos desenvolvendo a nossa própria extinção. E para que atitudes efetivas e de grande escala sejam tomadas é preciso necessariamente que todos assumam atitudes ecologicamente corretas. Do contrário, só nos resta a extinção do ser humano, para que o planeta possa sobreviver.